“Revolução Africana” nas leituras mobilizadoras de Outros Quinhentos

Livro reúne textos dos maiores pensadores marxistas africanos. Há três exemplares em sorteio para quem sustenta Outras Palavras



Por Simone Paz

Mais um livro de responsabilidade lançado no barco pirata da Flipei 2019, na efervescência dos debates atuais. “Revolução Africana – Uma antologia do pensamento marxista” nasceu da editora parceira, Autonomia Literária, com organização de Gabriel Landi e Jones Manoel.

Os textos, que atravessam três décadas de luta revolucionária na África, abordam temas como o racismo na sociedade de classes, a mentalidade colonial, a idealização do passado africano e a opressão patriarcal no continente, além de questões de tática e organização política. 

São artigos escritos por relevantes intelectuais marxistas africanos, como Frantz Fanon, Kwame Nkrumah, Amílcar Cabral, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Agostinho Neto, Thomas Sankara e Samir Amin, que fascinam pela riqueza e variedade do pensamento.

Para concorrer a um dos três exemplares em sorteio, basta ser colaborador de Outros Quinhentos — nosso crowdfunding não-perecível, que sustenta o Outras Palavras

e se inscrever neste formulário até a quinta-feira 8 de agosto.


Enviaremos o resultado por e-mail e o livro, por correio.

Junto com o resultado, irá também o cupom de desconto de 25% para utilizar quando quiser, nas compras diretamente no site da Autonomia Literária.

O livro faz parte da coleção “Quebrando as Correntes”, cuja apresentação teve a honra de ser escrita por Maria Carolina de Oliveira dos Santos. A seguir, um trecho:

A coleção “Quebrando as Correntes” nasce do desejo de apresentar as expressivas contribuições do marxismo para a luta antirracista: desde o combate ao colonialismo e suas heranças até o enfrentamento cotidiano ao mito da democracia racial no Brasil, resgatando figuras de grande destaque para desmistificar a relação entre os fundamentos da tradição marxista e a luta pela emancipação do povo negro que, segundo algumas tendências liberais, seriam antagônicas.

Apesar de polêmicas sobre ter sido ou não uma criação do sistema capitalista, é inegável que o racismo é um mecanismo de dominação da burguesia sobre os trabalhadores,utilizado ferozmente para dividir as classes populares e intensificar a exploração de negras e negros. O marxismo oferece um entendimento científico da questão racial, através da conexão da questão histórica com o cenário político, a subjetividade e as variadas formas de exploração e opressão. Ora, ao compreender o marxismo enquanto método de análise da realidade concreta, capaz de identificar que uma das características do sistema capitalista é a apropriação de diversas formas de opressão para potencializar sua capacidade de exploração, não se pode tratar da dimensão racial sem levá-lo em consideração.

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