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“Lula tem ampla capacidade de diálogo e não guarda ressentimentos”, diz Celso Amorim

O ex-chanceler defendeu que o ex-presidente Lula conduza a tarefa de dialogar com todos os setores da sociedade no Brasil pós-Bolsonaro. Em entrevista à TV 247, o ex-ministro afirmou que as reformas mais importantes devem ser garantidas, mas que avanços também virão através da composição “com vários setores”. Assista

Celso Amorim e Lula (Foto: ABr)
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247 - O embaixador e ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores Celso Amorim, em entrevista à TV 247, afirmou que o ex-presidente Lula será capaz de conduzir o processo de reconstrução política do Brasil pós-Bolsonaro. Entre os candidatos, somente o petista tem as qualidades de diálogo exigidas para essa difícil tarefa, avaliou Amorim.

O ex-chanceler defendeu que as forças da esquerda saibam entender que o momento é de reconciliação com diversos outros setores, e não de radicalização da pauta. “O Lula tem uma qualidade muito grande, que é a capacidade de conversar com todos e de não guardar ressentimentos. Eu preferiria que o Brasil tivesse um governo até mais progressista do que foi o governo Lula, um governo mais à esquerda. Mas temos que lidar com a realidade. Com o Lula, as reformas mais importantes serão garantidas, a soberania e a independência serão tratadas e as relações com a América Latina e Caribe serão mantidas. Dentro disso, ele tem que compor com vários setores. A eleição do Lula não foi uma revolução em 2002, e essa também não será uma revolução. Sim, ela permitirá avanços progressivos. Avançamos em muito, mas ainda temos que avançar na questão racial, de gênero, no combate à desigualdade”, disse. 

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Ataques a Lula não serão tolerados, prosseguiu Amorim. “Garantir esses aspectos não será fácil, por conta da resistência das elites e da classe média. É preciso atrair as pessoas que sejam verdadeiros democratas e fazer um governo de muita composição. Até que ponto? Não sei. O Doria, por exemplo, é excluído dela quando ele chama o Lula de ladrão. Vários ministérios podem ser chefiados por pessoas de outros partidos, o que seria bom para o Brasil. Essa amplitude é necessária, porque o Brasil precisa de um período de reconciliação dos brasileiros. O Lula é a pessoa capaz de fazer isso”. 

“Na política, é preciso buscar a eficácia, baseado em princípios éticos. Ela não pode ser só uma coisa de santos. A política é de seres humanos, é o domínio do relativo. Então, vamos ter que lidar com pessoas que talvez não gostemos”, avaliou ainda. 

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