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Poder

“Governo Lula não será neoliberal, mas terá algum tipo de pactuação e diálogo com os empresários”, diz Celso Amorim

O ex-chanceler avaliou, em entrevista à TV 247, que o ex-presidente deve promover tanto a inclusão dos pobres no Orçamento como uma “pactuação” com os investidores, nacionais e estrangeiros. “É importante que o Lula ganhe e que tenha uma base ampla, como teve no passado”. Assista

Lula e Celso Amorim
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247 - O ex-chanceler Celso Amorim, em entrevista à TV 247, avaliou que o ex-presidente Lula, caso eleito, deve promover uma coalizão com outros grupos políticos e sociais, desde que eles tenham um programa definido e delimitado pelo programa de governo do próprio Lula.

Amorim pediu cautela na formação de alianças, para que figuras explosivas, como Roberto Jefferson, não surjam da base do novo governo. “Não creio que o Lula vai se deixar seu governo ser sequestrado. Agora, na Alemanha, um governo amplo, de coalizão, foi possível. Eu prefiro fazer uma coalizão com pessoas que possam pensar diferentemente de mim, mas que tenham um programa, claro, dentro de certos limites, do que aqueles que estão ali, porque a origem de muitos problemas que tivemos estava nisso. O Roberto Jefferson era da base do governo quando ele inventou a expressão ‘mensalão’. Então, acredito que não dá para ter muita confiança nessas pessoas”, avaliou o ex-ministro.

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Para ele, os governos Lula provam que não é impossível agrupar na mesma administração os detentores do capital e os mais pobres, que foram parte inegociável do Orçamento. “É importante que o Lula ganhe e que ele tenha uma base ampla, como ele teve no passado. Alguns que faziam parte do governo do presidente Lula tinham fortunas e backgrounds ligados a outras classes sociais, mas ele jamais deixou de se preocupar com a integração dos pobres no sociedade, colocar os pobres no Orçamento, como ele sempre diz, e, de fato, produzir avanços notáveis, como, por exemplo, o salário mínimo e as cotas”, prosseguiu. 

O novo governo petista, portanto, não deverá ser neoliberal, nem socialista. “Neoliberal não, mas não acho que haverá uma revolução socialista. Inevitavelmente, alguma pactuação haverá com os empresários que estejam dispostos a investir no Brasil, com os empresários estrangeiros que estejam dispostos a se desenvolver aqui, como aconteceu no passado com a indústria naval e com a indústria automobilística”, completou. 

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