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Mídia

Mario Vitor Santos: empresários da mídia também têm offshores e apoiam a política econômica de Bolsonaro

Jornalista questionou o motivo de veículos da mídia corporativa brasileira terem rebaixado em suas publicações as revelações dos Pandora Papers. Ele afirmou que os donos “estão envolvidos” e pontuou que, uma vez revelados, a credibilidade de qualquer discurso em defesa da moralidade é posta em xeque. Assista na TV 247

Mario Vitor Santos (Foto: Brasil247)
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247 - O jornalista Mario Vitor Santos comentou, em entrevista à TV 247, as revelações dos Pandora Papers, que mostram que, além do alto escalão governamental e empresarial brasileiro, empresários da mídia corporativa mantêm empresas offshore em paraísos fiscais. A lista tem pessoas da família Marinho (Rede Globo), da Jovem Pan, da Editora 3, os filhos gêmeos do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, e Rubens Menin, da CNN Brasil.

Para o jornalista, não é à toa que alguns veículos tentam esconder as revelações de suas manchetes. Uma vez revelados, a credibilidade de qualquer discurso em defesa da moralidade é posta em xeque. “Esse caso está ficando mais rumoroso por conta da omissão dos veículos de comunicação e dos grandes jornalões. A própria notícia em si já é bastante escandalosa. Não há uma explicação clara de porque os jornais e os veículos de comunicação, como a TV Globo, não dão destaque a essa notícia tão importante, destacada em vários dos veículos mais importantes do mundo, se não a hipótese de que os donos dos veículos de comunicação brasileiros estão envolvidos com offshore. Já apareceram seus nomes, estiveram envolvidos ou estão envolvidos. São detentores de contas nessas estruturas para, como se pode dizer, fuga de pagamentos de impostos das suas fortunas. Então, eles evitam ou não apoiam esse tipo de noticiário porque, é claro, eles têm uma fragilidade, que é essa fragilidade de qualquer um poder argumentar o seguinte: ‘como você pode julgar que eu estou rompendo com um pressuposto moral se vocês mesmos participam desse tipo de atividade para, por assim dizer, contornar os limites fiscais do país”, disse Mario Vitor Santos. 

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Outra possibilidade, menos óbvia, seria a de que esses veículos escondem a investigação simplesmente por não terem participado dela.“Por alguma razão, ou talvez pela mesma razão, esses veículos não foram procurados ou, se foram procurados, não quiseram participar desse esforço. Aliás, muitos desses veículos participaram de divulgações anteriores em relação a vazamentos. É estranho que não tenham participado justamente desse, que envolve, no Brasil especificamente, dois palo verdes da política ortodoxa de Jair Bolsonaro na área econômica”.

Há, ainda, uma outra possível explicação: “Pode ser também, uma outra hipótese muito provável, é de que o apoio que esses veículos dão a essa política neoliberal do ministro Paulo Guedes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, acaba sendo um desestimulador de uma adesão desses veículos a esse grupo que divulga as notícias”.

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