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      Alcolumbre indica que seguirá travando sabatina de Mendonça e avisa: 'não serei chantageado'

      Como presidente da CCJ do Senado, Alcolumbre é responsável por definir a data para a sabatina de André Mendonça, indicado por Bolsonaro a uma vaga no STF. Senador disse que é atacado por quem busca "guerra religiosa"

      Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Diante dos ataques de Jair Bolsonaro, o presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), emitiu uma nota nesta quarta-feira (13) na qual afirma que não aceitará "ser ameaçado".

      "Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa", disse o parlamentar.

      "Reafirmo que não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja", acrescentou Davi Alcolumbre.

      Bolsonaro tem voltado sua artilharia contra Alcolumbre porque ele, como presidente da CCJ, tem travado a realização da sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado pelo chefe do governo federal para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

      Nesta quarta-feira, por exemplo, Bolsonaro afirmou que Alcolumbre "age fora das quatro linhas da Constituição”.

      Leia a nota de Alcolumbre na íntegra:

      "A defesa da democracia, da independência e harmonia entre as instituições e, sobretudo, da Constituição sempre balizou o meu posicionamento político. Diversas vezes me coloquei contra aqueles que buscavam a ruptura democrática, desrespeitando os poderes constituídos, a liberdade de imprensa e a própria democracia para criar crises políticas que impediriam a governabilidade do país.

      Jamais condicionei ou subordinei o exercício do mandato a qualquer troca de favores políticos com quem quer que seja. É importante esclarecer que a Constituição estabelece a nomeação do Ministro do Supremo Tribunal Federal não como ato unilateral e impositivo do Chefe do Executivo, mas como um ato complexo, com a participação efetiva e necessária do Senado Federal. Destaco que essa regra existe inclusive para outros cargos e tem sido respeitada e seguida exatamente conforme prevê nossa Constituição.

      Em recente decisão, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a regularidade de nossa atuação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e reafirmou a prerrogativa dos presidentes das comissões permanentes do Senado para definirem a pauta das sessões, sendo matéria interna corporis, insuscetível de interferência, em atenção ao princípio da separação e harmonia dos poderes. A mais alta Corte do país ratificou a autonomia do Senado Federal para definição da pauta.

      Tramitam hoje pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal cerca de 1.748 matérias, todas de enorme relevância para a sociedade brasileira. A prioridade do Poder Legislativo, no momento, deve ser a retomada do crescimento, a geração de empregos e o encontro de soluções para a alta dos preços que corroem o rendimento dos brasileiros.

      Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos. Querem transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa.

      Reafirmo que não aceitarei ser ameaçado, intimidado, perseguido ou chantageado com o aval ou a participação de quem quer que seja".

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