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Economia

Juros continuarão altos por muito tempo e economia terá pior crescimento em 2023, diz economista-chefe do Santander

Economista Ana Paula Vescovi faz diagnóstico pessimista sobre economia brasileira

Ana Paula Vescovi (Foto: Wilson Dias - ABR)
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247 - A economista-chefe do Banco Santander, Ana Paula Vescovi, afirma que os ventos favoráveis da economia mundial mudaram de direção, após uma acumulação recente de choques que jogam para baixo as expectativas de crescimento e trazem mais riscos inflacionários.

Vescovi foi secretária do Tesouro Nacional no governo golpista de Michel Temer. 

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Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela diz que o Brasil deve conviver com uma taxa de juros elevada por mais tempo, o que leva a uma desaceleração do crescimento em 2022 e a um desempenho ainda pior em 2023.

"Com certeza os ventos externos favoráveis mudaram de direção. Estamos observando uma acumulação de choques que trazem mais incerteza, mais risco. Há uma discussão sobre se eles se dissipam ou se são um pouco mais permanentes. São questões que estão em aberto. A grande dúvida é por quanto tempo estaremos expostos a esses choques antes de uma normalização. Isso tudo nos leva a um cenário de mais inflação, câmbio das economias emergentes mais depreciado e um cenário de crescimento mais contido", afirma a economista.

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Segundo Vescovi, o país vai passar por um ciclo de aperto monetário que deve terminar no começo do ano que vem. "Diante desses choques, e dessa deterioração do cenário externo em particular, podemos ter uma Selic [taxa básica de juros] contracionista por um pouco mais de tempo do que estimado antes. Então nós vemos a economia em 2023 ainda muito afetada por esse ciclo monetário contracionista. E com um mercado de trabalho que já volta para o pré-pandemia, que vai ser a última variável a alcançar os níveis anteriores à crise".

A economista-chefe  do Santander antecipa debates que ocorrerão sobre a economia no cenário da campanha eleitoral. "O que pode levar a um cenário mais complexo é ter uma discussão política no ano que vem com a percepção de um risco muito elevado de abandono do marco fiscal, especialmente da regra do teto de gastos, de abandono da preocupação com a responsabilidade fiscal. Ou o apontamento de uma consolidação fiscal ainda mais lenta nesse cenário de alto risco para a trajetória da dívida pública. Isso tende a estressar bastante o cenário do ano que vem".

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