‘Se não fosse o Paulo Guedes, Bolsonaro seria uma ameaça em 2022’, diz Nassif

247 - O jornalista Luis Nassif, em entrevista à TV 247, afirmou que se não fosse a política econômica desastrosa do ministro da Economia, Paulo Guedes, Jair Bolsonaro “seria uma ameaça” maior em 2022.  “Sem o Paulo Guedes o Bolsonaro ficaria mais competitivo”, disse ele.

Para Nassif, a lei do teto de gastos, apesar de ruim para o avanço do crescimento nacional, “segurou o Bolsonaro”. “Se o Bolsonaro tivesse noção de que teria espaço dentro do orçamento para avançar, ele seria mais competitivo”. 

Independentemente da lei do teto de gastos, no entanto, de acordo com o jornalista, o que Guedes “fez com o câmbio foi uma barbeiragem sem tamanho, ele e o Roberto Campos [Neto, presidente do Banco Central]”. 

A estratégia de repassar as altas internacionais para o mercado interno, segundo Nassif, “arrebentou” a política econômica de Guedes, apesar de ter sido favorável a ele na medida em que aumentou sua fortuna acumulada em uma offshore em paraíso fiscal. “Será que ele fez para aumentar o valor do que eles [Guedes e Roberto Campos Neto] têm lá fora? Aumentou bem o que eles têm lá fora, mas o que ele fez com o câmbio arrebentou com a política econômica dele. Mesmo com esse prisma de lei do teto, essa questão de permitir o repasse das altas internacionais aqui, internamente, arrebentou com a política dele. O mercado hoje já está apostando em choque de inflação maior para o ano que vem, só refluindo depois da saída do Guedes. Portanto, porque o Guedes fica? Pela expectativa da privatização dos Correios e da Eletrobras”, resumiu o jornalista.

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