“A burguesia brasileira vai se dividir nas eleições de 2022”, diz Breno Altman
O jornalista avaliou que, apesar da existência de uma divisão na burguesia brasileira quanto às eleições de 2022, “a massa da burguesia”, composta pelos pequenos e médios capitalistas “tem puxado a recuperação de Bolsonaro”. Assista
247 - O jornalista Breno Altman apontou, em entrevista à TV 247, para a existência de uma divisão na burguesia brasileira, que tem setores que apoiam a reeleição de Jair Bolsonaro, como o agronegócio, e outros, como parte do capital financeiro, que preferem a chamada “terceira via”.
Segundo ele, os ruralistas possuem um maior alinhamento de interesses com a política econômica do governo. Já os especuladores vêm sofrendo com a instabilidade do cenário político e econômico.
“A burguesia vai se dividir. Os interesses vão se alinhar de uma maneira divergente. É evidente que o Bolsonaro mantém um apoio amplo do agronegócio, por exemplo, que é hoje a fração mais dinâmica da burguesia brasileira. Ela continua alinhadíssima com o Bolsonaro. Pode até se incomodar com as atitudes dele, não gosta que ele passe vexame em certas situações, mas ela tem alinhamento de interesses e alinhamento de perspectiva com o Bolsonaro”, disse.
“O capital financeiro está dividido. Há setores que estão empenhadíssimos na terceira via e outros que já estão naquela máxima brasileira: ‘não tem tu, vai tu mesmo’. E há outros que provavelmente ficarão contra o Bolsonaro, até no segundo turno. Há uma divisão”.
Altman ressaltou que é preciso olhar ainda para os pequenos capitalistas, que seguem apoiando o governo. Ele comentou os resultados da mais recente pesquisa PoderData, que mostra que a rejeição a Bolsonaro recuou e que a diferença entre ele e Lula em um eventual segundo turno foi encurtada.
“Mas atenção: estamos falando dos grandes capitalistas. A massa da burguesia, que é constituída não apenas pelos grandes capitalistas, mas também pelos pequenos e médios capitalistas, a massa da burguesia segue majoritariamente com Bolsonaro”,disse.
“Essa recuperação é exatamente no que a gente pode chamar de a massa da burguesia, que é constituída no Brasil por um número que não pode ser menosprezado. A massa da burguesia no Brasil tem 6-7 milhões de pessoas”, completou.
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