Enem tem questões sobre 'Admirável Gado Novo', racismo, indígenas e erotização da mulher
Prova trouxe um trecho de música do compositor Zé Ramalho para discutir o tema social, além de canções de Chico Buarque e Gonzaguinha. Escravidão e questão indígena também foram abordadas.
247 - O primeiro dia de provas do Enem 2021 teve questão com a música "Admirável Gado Novo", do cantor Zé Ramalho, além de perguntas sobre racismo, escravidão, povos indígenas e erotização da mulher.
Foram 90 questões de múltipla escolha divididas entre linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação. Nenhuma questão da prova abordou a ditadura militar no país. Desde o início do governo Bolsonaro, o período histórico foi suprimido da prova.
Análise de professores de cursinho feita à Folha de S. Paulo é de que a prova não veio com a "cara do governo", como disse Jair Bolsonaro e trouxe questões que abordaram minorias e direitos humanos. "Apesar das críticas do presidente, alguns temas resistiram e foram abordados na prova. Não houve nenhuma menção ao grupo LGBTQIA+, mas as questões falaram sobre indígenas, quilombolas, discriminação às mulheres, racismo. É muito importante ver que esses temas permanecem no exame", afirmou Gabryel Real, gerente de processos avaliativos da SAS Plataforma de Educação.
Foram 90 questões de múltipla escolha divididas entre linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias, além da redação.
Temas que apareceram nas questões do Enem 2021, entre outros:
- trecho da música "Admirável Gado Novo";
- trecho da música "Comportamento Geral", de Gonzaguinha;
- trecho da música "Sinhá", de Chico Buarque;
- racismo;
- erotização da mulher;
- escravidão;
- questão indígena;
- população carcerária brasileira;
- leitura crítica de notícias;
- movimentos sociais;
- charge do Henfil sobre emancipação feminina.
Tema da Redação
O tema foi divulgado no início da tarde deste domingo pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro.
O tema remete a um problema grave no país. Em 2015, o IBGE calculou que três milhões de pessoas brasileiros não tinham certidão de nascimento.
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