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      "É emocionante ver um jovem progressista chegar ao poder e barrar a extrema-direita", celebra Amorim sobre eleição de Boric

      Ex-chanceler brasileiro Celso Amorim comemorou a vitória do esquerdista Gabriel Boric no Chile

      Celso Amorim e Gabriel Boric (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O embaixador Celso Amorim, ex-chanceler brasileiro nos governo Lula e Dilma, celebrou a eleição de Gabriel Boric para presidente do Chile neste domingo (19). 

      "Para a minha geração, que presenciou o golpe no Brasil e colocou suas esperanças em Salvador Allende, é emocionante ver um jovem progressista chegar ao poder e também barrar o avanço da extrema direita", afirmou Celso Amorim. 

      Gabriel Boric venceu o ultraconservador José Antonio Kast com 54,72% dos votos contra 45,28% de Kast, informou o Serviço Eleitoral pouco mais de uma hora após o fechamento dos locais de votação.

      Kast reconhece derrota

      O candidato de extrema-direita Kast, que havia afirmado que esperava uma votação acirrada e que o vencedor teria que ter pelo menos 50.000 votos de diferença para garantir a transparência do processo, reconheceu sua derrota.

      "Acabo de falar com @gabrielboric e o parabenizei por seu grande triunfo. A partir de hoje ele é o presidente eleito do Chile e merece todo o nosso respeito e colaboração construtiva. O Chile vem sempre em primeiro lugar", disse Kast em sua conta no Twitter.

      Os chilenos se reuniram em seções eleitorais em todo o país desde as primeiras horas da manhã para decidir quem seria o próximo presidente em uma eleição polarizada, dois anos após uma convulsão social que abriu as portas para a elaboração de uma nova Constituição.

      O advogado ultraconservador Kast, um defensor do ex-ditador Augusto Pinochet, e o parlamentar de esquerda e ex-líder estudantil Boric chegaram ao segundo turno após terminaram na frente no primeiro turno em 21 de novembro.

      Depois do primeiro turno, ambos os candidatos suavizaram suas posições, tentaram construir pontes para o centro e acenaram para os milhares de eleitores que no primeiro turno votaram em outros candidatos, como o direitista moderado Sebastián Sichel, a democrata-cristã Yasna Provoste e o economista liberal Franco Parisi, entre outros.

      Os especialistas haviam criticado os dois candidatos como irrealistas em seus programas iniciais, com propostas que eram difíceis de implementar. Boric pediu o fim do neoliberalismo e um aumento na arrecadação de impostos; Kast, um defensor ferrenho do livre mercado livre, propôs uma forte redução no tamanho do Estado e cortes nos impostos.

      Mas uma das questões que tranquilizou os mercados após o primeiro turno foi a divisão quase equilibrada do Congresso entre as forças de esquerda e de direita. Isto garante que, independentemente de quem ganhasse a eleição presidencial, não será possível fazer passar propostas excessivamente radicais.

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