SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério do Planejamento e Orçamento informou na noite desta quarta-feira que os precatórios inscritos para 2026 somam R$69,7 bilhões e que este montante estará previsto na proposta orçamentária da União para o próximo ano, para quitação.
O número consta no Relatório de Despesas com Sentenças Judiciais divulgado pelo ministério, indicando que 164.012 precatórios foram apresentados contra a União no período de 3 de abril de 2024 a 2 de abril de 2025.
De acordo com o ministério, os precatórios de baixo valor (até R$1 milhão) são a grande maioria, respondendo por quase 98% do total de precatórios inscritos, com valor da ordem de R$32,5 bilhões.
"Apenas quatro demandas são superiores a R$1 bilhão e totalizam R$5 bilhões. A maior delas é da ordem de R$1,472 bilhão", disse o ministério em nota.
Precatórios são requisições de pagamentos expedidas pelo Judiciário para cobrança de entes públicos -- no caso, a União -- de valores devidos após condenação judicial definitiva.
Com aval do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo tem pagado parte dos precatórios por fora das regras fiscais. A autorização, no entanto, vale apenas até 2026, com o governo já prevendo um estrangulamento das contas públicas no ano seguinte se uma solução para o problema não for encontrada.
Em evento na tarde desta quarta-feira, em Nova York, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, indicou que o governo buscará em 2025 uma solução para a trajetória de gastos com precatórios, corrigindo distorções em políticas pontuais.
Na véspera, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, havia defendido que o limite de gastos do arcabouço fiscal seja elevado a partir de 2027, justamente para incorporar o excesso de despesa com precatórios que hoje não é contabilizado na meta por decisão do STF.
Os R$69,7 bilhões de precatórios previstos para 2026 estão próximos dos cerca de R$70 bilhões que serão pagos em 2025.
De acordo com a nota do Ministério do Planejamento e Orçamento, cerca de 34% do total de precatórios a serem pagos em 2026 dizem respeito a demandas previdenciárias (R$23,6 bilhões), enquanto reclamações ligadas à área de pessoal correspondem a 13% (R$8,9 bilhões).

Bianca Penteado

Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet
27/06/2024


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Brasil

Precatórios federais a serem pagos em 2026 somam R$69,7 bilhões, diz ministério

<a href="https://www.conjur.com.br/2025-mai-13/supremo-manda-acao-contra-deputado-federal-para-a-primeira-instancia/">Por ConJur -</a> O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a investigação contra o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) por ameaça a um adversário político em 2022 seja enviada à primeira instância. O caso foi devolvido ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde as apurações devem prosseguir.
Segundo os autos, o crime aconteceu quando o vereador Túlio Mota (PSOL-RJ), em panfletagem pela cidade de Niterói (RJ), em agosto de 2022, foi abordado por Jordy. Os dois passaram a discutir sobre quem tinha mais votos na cidade. O deputado foi filmado ameaçando o vereador com um “eu te arrebento” 一 na época, o vídeo circulou pelas redes sociais.
O caso chegou ao STF porque o juiz de Niterói entendeu que, por ser deputado federal, Jordy tem foro por prerrogativa de função na corte. Mas Nunes Marques afirmou que os fatos não têm relação com o mandato e lembrou que, desde 2018, a Suprema Corte só mantém essa prerrogativa para crimes cometidos durante o exercício do cargo e ligados às funções parlamentares. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

Nunes Marques manda ação contra Jordy por ameaça para 1ª instância

247 - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, de forma unânime, nesta quarta-feira (14), a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) cita crimes como invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.
Conforme o voto do relator, Alexandre de Moraes, acompanhado pelos demais ministros, Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão em regime inicialmente fechado, à perda do mandato e à inelegibilidade, enquanto Delgatti recebeu pena de 8 anos e 3 meses, também em regime inicialmente fechado. Ambos deverão ainda pagar indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
Compõem a Primeira Turma, além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.&nbsp;
<h2>Acusação</h2>
Na denúncia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que Zambelli foi a autora intelectual da invasão e procurou Delgatti para executar o crime, com objetivo de inserir nos sistemas do CNJ um mandado de prisão falso e em aberto contra Moraes, entre outras manipulações ilegais.
O PGR relacionou os crimes à incitação de atos antidemocráticos e escreveu que eles foram cometidos visando a obtenção de “vantagem midiática e política” e “com o fim de prejudicar a credibilidade e o regular funcionamento do Poder Judiciário”.
Gonet avaliou que os crimes foram de “gravidade acentuada”, pois tiveram “o propósito espúrio de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura da administração da Justiça, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas". (Com informações da Agência Brasil).

Leonardo Sobreira

STF condena Zambelli a 10 anos de prisão, perda de mandato e inelegibilidade

Reuters - A Uber e o iFood anunciaram nesta quarta-feira (14) uma parceria estratégica no Brasil. A colaboração, que entrará em operação no segundo semestre, permitirá a introdução de abas de mobilidade no aplicativo do iFood e de abas de entregas no aplicativo da Uber.
Como resultado da combinação, os usuários do iFood poderão solicitar corridas da Uber diretamente do aplicativo do iFood, enquanto os usuários da Uber terão acesso aos serviços de entrega de comida, mercados, farmácias e conveniência do iFood dentro do aplicativo da Uber.
De acordo com as empresas, a colaboração visa melhorar a experiência do usuário e também permitir que ambas tenham acesso à base de clientes uma da outra, expandindo seu alcance no mercado brasileiro.
A integração dos serviços começará a ser disponibilizada em cidades selecionadas na segunda metade do ano, segundo as duas companhias.
“Hoje, apenas cerca de metade dos usuários usam as duas plataformas de maneira recorrente”, disse Dara Khosrowshahi, presidente-executivo da Uber, em comunicado à imprensa.
Fundada em 2010, a Uber completou mais de 61 bilhões de viagens globalmente e cerca de 11 bilhões no Brasil, onde chegou em 2014. No país, a empresa tem aproximadamente 30 milhões de usuários ativos e uma rede de mais de 1,4 milhão de motoristas e entregadores registrados.
Enquanto isso, o iFood processa mais de 120 milhões de pedidos por mês. A empresa opera em aproximadamente 1.500 cidades do Brasil e tem parceria com mais de 400 mil estabelecimentos, incluindo restaurantes, mercados, farmácias e outros negócios. A empresa atua com uma rede de cerca de 360 mil entregadores cadastrados em sua plataforma.
O mercado de entrega de comida tem se torna cada vez mais competitivo no Brasil. Há três anos, em meio ao domínio do iFood, a Uber anunciou que estava descontinuando o Uber Eats, seu serviço de pedidos de comida online, no Brasil, para priorizar segmentos fundamentais, como o de locomoção.
Ao mesmo tempo em que Uber e iFood buscam fortalecer suas posições no país, a plataforma chinesa Meituan anuncia um investimento de cerca de R$ 5 bilhões (US$ 890 milhões) para entrar no mercado local, de acordo com a ApexBrasil, a agência promoção de exportações e investimentos do governo federal, uma movimentação que foi bem recebida pelos investidores da empresa asiática.

Leonardo Lucena

Uber e iFood anunciam parceria estratégica no país

Agência Brasil - O Banco do Brasil (BB) e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) assinaram um termo de compromisso de US$ 1 bilhão para ampliar financiamentos a empresas brasileiras e chinesas. O acordo foi assinado em Pequim, durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país asiático.
Assinado pelo vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, Francisco Lassalvia, e pelo vice-presidente do CDB, Wang Peng, o convênio pretende aumentar a cooperação financeira entre as instituições e fortalecer os laços econômicos entre o Brasil e a China.
O acordo prevê uma linha de crédito, com prazo de até cinco anos, que permitirá ao Banco do Brasil expandir as operações de financiamento nas áreas de infraestrutura, agronegócio, exportação e importação. A iniciativa beneficiará empresas brasileiras e chinesas com atuação no Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico bilateral.
Essa é a terceira etapa da parceria entre o BB e o CDB, que firmaram em 2022 o primeiro contrato entre as instituições. O intercâmbio começou em 2013, com a inauguração do escritório de representação do CDB no Rio de Janeiro. No ano seguinte, o BB abriu uma agência em Xangai.
Durante a reunião prévia à assinatura, os executivos das duas instituições destacaram a solidez da parceria e manifestaram o interesse mútuo em aprofundar e expandir a cooperação nos próximos anos.
<h3>Consolidação</h3>
Segundo a presidenta do BB, Tarciana Medeiros, o acordo consolida o Banco do Brasil como protagonista dos negócios entre o Brasil e a China. No Seminário Empresarial Brasil–China, realizado na última segunda-feira (12) em Pequim, ela lembrou que o BB é o único banco brasileiro e latino-americano com presença em solo chinês.
“Construímos uma relação de 21 anos que demonstra que conhecemos as necessidades dos investidores chineses, de um lado, e de outro conhecemos como ninguém as potencialidades de negócios em todo o Brasil”, afirmou Tarciana em Pequim.
Em 2004, dez anos antes da inauguração da agência em Xangai, o BB inaugurou um escritório de representação na China. Além do país asiático, o Banco do Brasil está presente nos seguintes países: Estados Unidos, Paraguai, Argentina, Ilhas Cayman, Reino Unido, Portugal, Alemanha e Japão.
<h3>Banco de fomento chinês</h3>
Estabelecido em 1994, o CDB é um banco de fomento estatal, considerado uma entidade independente, mas supervisionada diretamente pelo Conselho de Estado da China. Entre os objetivos da instituição financeira, estão o apoio a indústrias-chave e a setores subdesenvolvidos da economia do país asiático.
Com 41 unidades na China, o CDB tem uma filial em Hong Kong e 11 escritórios de representação no exterior, incluindo o Rio de Janeiro. No fim de 2024, os ativos totais do Grupo CDB, incluindo as principais subsidiárias do banco, somavam cerca de US$ 2,6 trilhões.

BB assina acordo de US$ 1 bi com Banco de Desenvolvimento da China

247 - A ministra-chefe da Secretaria-Geral das Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, rebateu, nesta quarta-feira (14), a exploração política e midiática das declarações recentes na China da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja.&nbsp;
A ministra classificou como misógina e preconceituosa a reação de setores da direita após Janja manifestar, a autoridades chinesas, preocupações sobre o uso da rede social TikTok, de propriedade chinesa, pela extrema direita.
"É impressionante a exploração política e midiática da fala da Janja sobre o TikTok na China. Será que está proibida de dar seu testemunho sobre um tema que ela conhece e que foi levantado pelo presidente Lula num jantar com o presidente da China? Ela deveria ouvir calada por ser a primeira-dama? Ou simplesmente por ser mulher? Onde estaria a 'crise diplomática', se ali mesmo o presidente Xi Jinping anunciou que enviará um representante para tratar do assunto no Brasil? Toda solidariedade à Janja, em mais este episódio de misoginia e preconceito", postou a ministra no X.&nbsp;

Gleisi: mídia distorce fala de Janja sobre TikTok e alimenta misoginia

247 – A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, se manifestou nesta quarta-feira (14) após terem sido vazados trechos de declarações dela durante uma reunião da comitiva brasileira com o presidente chinês Xi Jinping. Em entrevista à <a href="https://docs.google.com/document/d/1c2Rmdq4_O5MjUyWbjhfMFQOCUpkpzyoLGhe6fdT_j1M/edit?tab=t.0">CNN</a>, ela afirmou ter sido alvo de machismo e misoginia, tanto por parte da imprensa quanto de quem vazou as informações, distorcendo o episódio.
“Vejo machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e repassou de maneira distorcida o que aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, e me entristece que essa amplificação tenha o engajamento de mulheres”, afirmou a primeira-dama.
De acordo com relatos, Janja pediu a palavra durante o encontro para comentar os efeitos negativos do TikTok, rede social chinesa. A primeira-dama teria argumentado que a plataforma representa um desafio diante da crescente influência da extrema-direita no Brasil, mencionando o papel do algoritmo na disseminação dos conteúdos.
“Primeira coisa que eu acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá. Então, alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar — algo muito, muito confidencial e pessoal”, disse Lula.
Conforme relatado pela CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se mostrou incomodado com o vazamento e teria dado um “puxão de orelha” na comitiva que o acompanhou na reunião. O próprio chefe do Executivo brasileiro teria ainda solicitado a Xi Jinping uma intervenção na plataforma.

Janja critica vazamento de falas sobre TikTok em reunião com Xi Jinping: "machismo e misoginia"

247 – A CPI das Bets, relatada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), está considerando incluir no relatório final um pedido de indiciamento de influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, por promoverem sites de apostas sem a devida transparência. A informação é da agência Estado de S. Paulo.
Parlamentares apontam que as publicações de divulgação não estão sendo claramente identificadas como publicidades, o que poderia configurar uma infração ao Código de Defesa do Consumidor.
Apesar da intenção de incluir os influenciadores no relatório, a análise do texto pode não ocorrer, já que a CPI tem enfrentado sessões marcadas por falta de quórum, em um movimento ligado a senadores da "bancada das bets".
Nesta quarta-feira (14), o influenciador Rico Melquíades, vencedor do programa A Fazenda em 2021, foi ouvido pelos senadores. Ele é investigado pela Operação Game Over, da Polícia Civil de Alagoas, e, assim como Virgínia Fonseca, argumentou que apenas firma contratos de publicidade com empresas de apostas porque a legislação permite.
"Se eu divulgo hoje, é porque o Congresso aprovou. Então, acho que esse pensamento (sobre os impactos das bets na sociedade) deveria vir de vocês também. Eu estou fazendo o meu trabalho. Eu não obrigo ninguém a jogar", afirmou o influenciador.

CPI das Bets quer indiciar influenciadores

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira (14) a decisão da Primeira Turma da Corte que restringiu a deliberação da Câmara dos Deputados sobre a suspensão da ação da trama golpista contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Durante a sessão da Corte, o ministro fez um comentário sobre o princípio constitucional da separação dos poderes e disse que a decisão do colegiado não invadiu a competência legal da Casa Legislativa.
"Se assim fosse, nós teríamos uma dissolução da República. Cada poder e cada ente federado faz a sua bandeira, o seu hino, emite a sua moeda e, supostamente, se atende a separação dos poderes", afirmou.
Ontem (13), a Câmara dos Deputados entrou com uma ação no plenário do Supremo para rever a decisão da Primeira Turma que restringiu a o alcance da suspensão ação penal contra Ramagem.
Na semana passada, a Primeira Turma da Corte, por unanimidade, estabeleceu que, apesar de estar prevista na Constituição, a suspensão do processo criminal contra o deputado não pode ser feita na íntegra pela Câmara.
Dessa forma, Ramagem continuará respondendo por três dos cinco crimes da denúncia da tentativa de golpe.
Na ação, a Mesa da Câmara sustenta que a Constituição concedeu ao Congresso a prerrogativa para deliberar sobre a suspensão da ação penal. Para a Casa, o STF não pode fazer interpretação restritiva sobre a matéria.
"É necessário reafirmar que não cabe ao Poder Judiciário substituir-se ao juízo político conferido ao parlamento no tocante à conveniência da sustação, bem como a sua extensão", sustenta a Casa.
A Câmara também conclui que o processo criminal contra Ramagem pode ser suspenso integralmente.
"A sustação da ação penal pelo parlamento não se refere a cada imputação penal de forma isolada, mas sim ao processo penal como um todo, desde que nele constem crimes ocorridos após a diplomação e durante o mandato", concluiu a Casa.

Inquérito do golpe: Dino defende decisão da Primeira Turma do STF sobre Ramagem

247 - O Brasil sediou nesta quarta-feira (14) a 2ª Reunião Ministerial de Transportes do BRICS, reunindo autoridades dos países-membros para debater temas estratégicos para o futuro da mobilidade e da infraestrutura.&nbsp;
Ao final da reunião, foi assinada uma Declaração Conjunta com compromissos que visam fortalecer a cooperação em transportes como instrumento para impulsionar o crescimento econômico, a conectividade, a sustentabilidade e o desenvolvimento entre os países do grupo.
Sob a presidência <a href="https://www.brasil247.com/search?term=Brasil">brasileira </a>do grupo em 2025, a Declaração concentrou seis eixos prioritários: infraestrutura de transportes sustentável e resiliente; descarbonização de portos e do transporte marítimo; combustíveis sustentáveis para a aviação; conectividade aérea; mobilidade urbana sustentável; e a proposta de criação de uma Aliança Internacional de Logística do BRICS. Coordenaram a reunião os Ministérios de Portos e Aeroportos, dos Transportes, e de Cidade.
Na abertura da reunião, Cloves Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, destacou a importância da atuação conjunta.
<blockquote>&nbsp;“A nossa ambição compartilhada é clara: utilizar o transporte como um vetor de crescimento econômico, conectividade e desenvolvimento sustentável. Os tópicos abordados nesses dias são essenciais para garantir que os nossos países não apenas se conectem melhor, mas também se desenvolvam de maneira sustentável e integrada. Combustível sustentável para aviação e Aliança Internacional de Logística do BRICS são exemplos de como podemos inovar e liderar em um mundo em transformação.”</blockquote>
<h3>Instituto BRICS para Transporte Sustentável</h3>
Dentro de um dos pilares da Declaração Conjunta, os países propuseram a criação do Instituto BRICS para Transporte Sustentável, Mobilidade e Logística (BISTML), que terá como foco enfrentar os desafios de infraestrutura por meio de "soluções inovadoras", promovendo a integração e avançando em sistemas de transporte resilientes ao clima, utilizando práticas ambientais e tecnologias limpas.&nbsp;
De acordo com a secretária-Executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, a criação do Instituto BISTML é um dos principais resultados do Grupo de Trabalho de Transportes dos BRICS em 2025. “Se trata de uma iniciativa estratégica voltada para fomentar a inovação, o compartilhamento de boas práticas e o enfrentamento dos desafios da infraestrutura com soluções ambientalmente sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas”, ressaltou.
A secretária também enfatizou a necessidade de ampliar o desenvolvimento da mobilidade urbana sustentável, com foco na transição energética, na promoção da mobilidade ativa, na renovação de frotas do transporte público e na expansão dos sistemas de metrô e ferrovias. A proposta, segundo ela, é criar cidades mais equitativas, habitáveis, saudáveis e menos congestionadas.
Esses temas continuarão sendo debatidos ao longo do ano em eventos como a Assembleia Geral da Associação BRICS Mais Cidades e Municípios, que ocorrerá entre 26 e 28 de maio em Maricá (RJ); no Fórum de Urbanização dos BRICS, previsto para 23 de junho em Brasília; e durante a COP30, de 10 a 21 de novembro, em Belém.
<h3>Aliança Internacional de Logística dos BRICS</h3>
Outro eixo prioritário destacado na Declaração Conjunta é o fortalecimento da integração logística entre os países do grupo.
Nesse sentido, os ministros reconheceram os esforços para a criação da Aliança Internacional de Logística dos BRICS, no âmbito do atual Grupo de Trabalho de Transportes. A iniciativa busca reunir representantes dos setores público e privado em uma plataforma conjunta, voltada a ampliar a conectividade entre os países e fortalecer a capacidade de resposta a desastres climáticos e outras emergências.
Recém-integrada ao grupo, a Indonésia reforçou a relevância da cooperação entre os países no setor de transportes como motor para o crescimento econômico e o fortalecimento da conectividade global. Durante a Reunião Ministerial, o embaixador da Indonésia no Brasil, Edi Yusup, ressaltou o entusiasmo do país em fazer parte do BRICS e reforçou o compromisso com os projetos conjuntos.
<blockquote>“Primeiro, a Indonésia está muito orgulhosa de ser parte do BRICS, em especial no setor de transportes. Ter mais conectividade entre os membros vai ajudar a construir mais conectividade e também a impulsionar a economia e atrair novos investimentos.”</blockquote>
<h3> </h3>
<h3>Descarbonização e Combustíveis Sustentáveis</h3>
A Declaração Conjunta também destaca como prioridade dois outros pilares fundamentais: a descarbonização dos portos e do transporte marítimo, e o incentivo ao uso de combustíveis sustentáveis para a aviação. Ambas as frentes reforçam o compromisso dos BRICS com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição para uma economia de baixo carbono, alinhada às metas do Acordo de Paris e da Agenda 2030.
No setor marítimo, a descarbonização é vista como essencial para garantir operações mais limpas, resilientes e compatíveis com os desafios climáticos - ela evidencia o compromisso dos países BRICS com a agenda climática global e com a urgência em reduzir os impactos ambientais do setor de transportes. A meta é tornar-se um modelo de responsabilidade ambiental.
A descarbonização de portos e embarcações reduz emissões, fomenta o crescimento econômico e protege os ecossistemas. A colaboração entre os países do BRICS pode acelerar o desenvolvimento de tecnologias verdes, incluindo combustíveis de emissão zero e fontes renováveis de energia para infraestrutura portuária.
Já no setor aéreo, o avanço no uso de Combustíveis Sustentáveis para Aviação (SAF) é essencial, uma vez que a aviação continua sendo um dos setores que mais crescem em emissões de gases de efeito estufa. Para os membros do BRICS, que juntos respondem por uma parcela significativa do tráfego aéreo global e do poder econômico, a colaboração no desenvolvimento do SAF oferece uma oportunidade dupla: assumir a liderança em aviação sustentável e reforçar o compromisso com a agenda climática global.
Neste contexto, o ministro de Transportes da Índia, Nitin Gadkari, chama a atenção para três tópicos: ética, economia e ecologia.
“Precisamos proteger o meio ambiente, e a crise de carbono que o mundo enfrenta é um problema crítico. A poluição causada pela queima de resíduos é um grande desafio. Por isso, é essencial pensarmos em formas de limpar a atmosfera da Terra. Essa é justamente uma das missões das reuniões do BRICS: como podemos reduzir a poluição no mundo, proteger o meio ambiente e preservar a vida por meio do uso de combustíveis alternativos e biocombustíveis, especialmente no setor de transportes e também na aviação, onde já estamos pensando em soluções ecológicas. Isso é extremamente importante para o futuro do planeta”, salientou o ministro.
<h3>Família BRICS</h3>
O vice-ministro dos Transportes da Rússia, Vladimir Poteshkin, agradeceu ao Brasil pela organização do encontro e mencionou a relevância do tema para o cenário global. Ele ressaltou que o transporte é essencial para conectar pessoas e impulsionar o desenvolvimento econômico.
“Muitas pessoas ao redor do mundo gostam de viajar de um lado a outro. Por isso, é muito importante organizar ferrovias, transporte terrestre e marítimo. Isso é fundamental para a economia dos países e para a comunicação entre eles.”
Para Poteshkin, o encontro dos BRICS permite aos países participantes mostrar seus avanços e promover trocas em temas estratégicos.
“A partir de hoje, temos certeza de que o objetivo deste evento é muito importante para todos. A família BRICS está fazendo um grande trabalho para que outros países vejam como estamos avançando nas discussões sobre meio ambiente, economia, educação e outras questões importantes. Essa é a nossa oportunidade e a principal ideia é que precisamos seguir juntos com todos os países da nossa família BRICS.”
A 17ª Cúpula do BRICS está agendada para os dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro, sob o tema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável".&nbsp;

Luis Mauro Filho

Brasil sedia 2ª Reunião Ministerial de Transportes dos BRICS com foco em sustentabilidade e Aliança Internacional

Brasil lidera BRICS em pacto por transporte sustentável e integração logística

247 – O Ministério da Fazenda negou, nesta quarta-feira (14), que o ministro Fernando Haddad deixará o comando da pasta em abril de 2026 para disputar as próximas eleições.
Segundo relatado pelo <a href="https://www.estadao.com.br/politica/fazenda-nega-acerto-de-haddad-com-lula-para-disputar-o-senado-ministro-nao-e-candidato-a-nada/">Estado de S. Paulo</a>, ao ser questionada sobre um suposto acordo entre Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o titular da Fazenda concorresse a um cargo no pleito do ano que vem, a assessoria de comunicação da pasta enfatizou: “O ministro não é candidato a nada”.
Em entrevista recente ao portal UOL, concedida na última segunda-feira (12), Haddad já havia reiterado que não cogita disputar as eleições de 2026 e que a prerrogativa para concorrer à Presidência da República é de quem ocupa o cargo. “Eu não estou pensando em eleição em 2026, não estou mesmo”, disse na ocasião.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante cerimônia em Brasília
03/04/2025 

Fazenda nega que Haddad deixará cargo para disputar o Senado: "Ministro não é candidato a nada"

247 – Durante a abertura do 3º Congresso Brasileiro do Milho, nesta quarta-feira (14), o presidente em exercício Geraldo Alckmin celebrou o avanço nas relações comerciais com a China e reforçou a importância do setor agrícola para a economia nacional. O evento, organizado pela Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo), reuniu lideranças do agronegócio.
Em discurso, Alckmin comentou a abertura do mercado chinês para grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e enfatizou que a exportação representa uma grande oportunidade para o Brasil.
“Primeiro, destacar a boa notícia vinda da China, que foi a abertura de mercado para o DDG, chamado DDGs, DDG seco. Então, isso vai ser extremamente importante. Cresce muito o etanol de milho. O etanol é feito através do amido. Sobra óleo, fibra e, especialmente, proteína. E essa proteína é o DDG para a ração animal e, agora, para exportação”, disse.
O presidente em exercício também apontou obstáculos que precisam ser enfrentados para que o agronegócio continue crescendo, como logística e infraestrutura de armazenagem. Segundo ele, regiões como o Arco Norte — com destaque para os portos de Miritituba (PA) e Itaqui (MA) — são estratégicas para garantir o escoamento eficiente da produção agrícola brasileira.
"Precisamos melhorar o acesso aos portos. Ferrovia, rodovia, integração de modais é fundamental", disse.

Alckmin celebra abertura do mercado chinês para DDG

(Reuters) - O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta quarta-feira que a Ucrânia estava esperando para ver quem representaria a Rússia nas negociações propostas na Turquia antes de determinar os próximos passos da Ucrânia.
"Estou esperando para ver quem chegará da Rússia e então determinarei quais medidas a Ucrânia deve tomar. Os sinais na mídia até agora não são convincentes", disse Zelenskiy em seu discurso noturno em vídeo.
Zelenskiy disse que o líder do Kremlin, Vladimir Putin, em vez de considerar as negociações, "continua a atacar a Ucrânia".
"De fato, agora é mais óbvio para o mundo inteiro do que em qualquer outro momento durante a guerra em grande escala... que o único obstáculo para estabelecer a paz é a falta de uma vontade clara da Rússia de fazê-lo."