Ex-juiz suspeito Moro tenta enganar eleitores e diz que não prestou consultoria à Odebrecht

247 - O ex-juiz suspeito e parcial Sérgio Moro se enrolou nesta quinta-feira (6), ao tentar explicar a consultoria que prestou à empresa estadunidense Alvarez & Marsal, companhia que administrou a recuperação judicial da Odebrecht, que Moro ajudou a quebrar como juiz da Lava Jato. 

Durante palestra a empresários em Campina Grande, na Paraíba, o ex-juiz afirmou que a acusação de que ele ajudou a Alvarez & Marsal a lucrar ao assumir a recuperação judicial das empresas que ele ajudou a quebrar é “uma conjunção de fake news”. 

“O trabalho que eu fui contratado é compliance, investigação corporativa e anticorrupção. O que fui fazer, basicamente, foi auxiliar e assessorar as empresas a construir programas anticorrupção empresarial.  Nosso governo abandonou isso, mas o setor privado, não”, justificou Moro.

O ex-juiz suspeito se embaraçou também ao tentar explicar, sem êxito, que a empresa não era de advocacia e, por isso, não teria conflito de interesses. “Essa consultoria brasileira foi nomeada por um juiz antes de eu entrar como administrador de operação judicial da Odebrecht. Ou seja, uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas aí criam essas fantasias, ficam inventando história”, completou.

O que o ex-juiz não disse para a plateia de empresários paraibanos é que a Alvarez & Marsal lucrou ao assumir a recuperação judicial das empresas que ele quebrou quando era juiz. O presidenciável do Podemos não precisava prestar serviços para a Odebrecht para materializar o conflito de interesses.

O Tribunal de Contas da União quer saber como a empresa estadunidense Alvarez & Marsal lucrou com a Lava Jato, na quebra das construtoras brasileiras, e como remunerou o ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito e parcial pelo Supremo Tribunal Federal. 

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