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Ideias

"Boric inaugura uma nova política do imperialismo para a América Latina", diz Rui Costa Pimenta

Costa Pimenta alertou para a nova estratégia de dominação da esquerda latinoamericana: substituir projetos verdadeiramente nacionalistas por lutas imateriais

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)
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247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, em entrevista à TV 247, alertou para o surgimento de uma nova etapa do neoimperialismo na América Latina, que envolve a criação de uma esquerda submissa e identitária, e denunciadora dos principais projetos de emancipação da região.

O mais recente exemplo do fenômeno é Gabriel Boric, novo presidente do Chile. Diante de manifestações golpistas na Venezuela, Boric pediu para a esquerda condenar o governo legítimo de Nicolás Maduro.

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“Acredito que estamos diante de uma experiência política que é semelhante ao golpe de Honduras. Ela inaugura em um certo sentido uma política do imperialismo para a América Latina e provavelmente para o mundo todo, que é a criação de uma esquerda que esteja afinada com os objetivos do imperialismo, com a política neoliberal dentro do seu próprio país. Isso, num certo sentido, a esquerda nacionalista também fazia. Ninguém rompeu efetivamente com os fundamentos da política neoliberal, romperam em outros aspectos. Também com a política internacional do imperialismo. O Boric foi muito enfático na sua denúncia da Venezuela, de Cuba, o que mostra um alinhamento muito profundo e completo com a política do imperialismo”, disse.

O projeto neoimperialista consiste em substituir projetos verdadeiramente nacionalistas por lutas imateriais, que não alteram em nada a condição real dos oprimidos, avalia RCP: “Ele deu uma guinada para a direita quando ele foi escolhido candidato, e depois ainda mais quando ele foi para o segundo turno. Não é que ele inventou essa política. Estamos diante de um fenômeno que consiste no seguinte: substituir a esquerda nacionalista, tipo o PT, por exemplo, e com certeza o chavismo, o Evo Morales, Cristina Kirschner, por uma esquerda que se preocupe com coisas mais imateriais: a questão da mulher, a questão do negro, num sentido identitário. Não vão fazer nada pela mulher e pelo negro, cuja situação vai continuar sendo muito negativa”. 

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