CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Poder

Mathias Alencastro: “PT sinaliza que a política de alianças será feita com base num programa de esquerda para o governo”

O pesquisador, em entrevista à TV 247, disse que as alianças do PT com setores à direita ocorrem paralelamente ao programa econômico, não afetando-o. Assista

(Foto: Reprodução)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) Mathias Alencastro elogiou, em entrevista à TV 247, as discussões lideradas pelo PT sobre temas estruturantes, como a revogação da reforma trabalhista e do teto de gastos. Para ele, as alianças com setores à direita ocorrem paralelamente ao programa econômico, não afetando-o.

“Fiquei surpreso quando, em plenas férias de janeiro, o PT colocou na mesa dois temas estruturantes e difíceis: o teto de gastos e a reforma trabalhista. Foi um movimento perfeito, porque o PT sinalizou para a esquerda que a política de alianças será feita com base num programa de esquerda para o governo. O deputado Paulo Teixeira, secretário-geral do PT, deixou isso latente numa entrevista importantíssima: a política de alianças vai caminhar sozinha e de forma autônoma das discussões das alianças. Ou seja, nós vamos ter de governar com todos porque o momento é crítico e exige a reconstrução do pacto democrático de 1988 para uma transição democrática. Mas, paralelamente a isso, o PT vai continuar dando passos à esquerda no programa de governo. Quem lê a mensagem desse jeito deveria ficar tranquilo em relação às decisões que serão tomadas daqui para frente”, disse.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Oposição a Lula

Para Alencastro, a oposição contra um eventual governo Lula seria liderada pela extrema direita, de Jair Bolsonaro e do ex-juiz suspeito Sergio Moro. 

“O grande problema da governabilidade no próximo ano não vai ser o fato da gente ter uma oposição feita pelo PSDB ou outros partidos de direita como no passado. A oposição a Lula será liderada por dois políticos antidemocratas, Bolsonaro e Mor, e isso é uma situação inédita na política brasileira, porque teremos uma oposição muito mais radicalizada e disposta ao golpe a todo momento do que no passado. A gente não pode comparar nem mesmo a figura de um tucano radicalizado como Aloysio Nunes Ferreira com Bolsonaro e Moro. Eles são espécies totalmente diferentes e a esquerda precisa visualizar isso de forma realista para sua política de alianças. Não podemos colocar todo mundo no mesmo saco”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando...

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Carregando...

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO