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"A prioridade no Rio é vencer o bolsonarismo", diz Rodrigo Neves (PDT), candidato ao governo. "Se esquerda perde, estado afunda"

Candidato do PDT a governador, ex-prefeito de Niterói já sacramentou o apoio de Eduardo Paes e Felipe Santa Cruz (PSD) e pode pedir votos para Lula (PT)

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247 – “A prioridade é derrotar o bolsonarismo, no Rio de Janeiro”, deixa claro o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, candidato do PDT ao governo do estado. A afirmação foi feita aos 39 min da entrevista que concedeu ao programa Sua Excelência, O Fato, transmitido ao vivo pela TV 247 na última 3ª feira e cuja íntegra pode ser assistida a partir do link no fim deste texto. “Mas, tão prioritário quanto derrotar o bolsonarismo é a gente arriscar e não reconstruir o estado”, completou ele, driblando uma resposta direta à pergunta feita pelo jornalista Luís Costa Pinto, se chamaria o deputado Marcelo Freixo (PSB) para integrar o governo dele caso vencesse o adversário nas urnas de outubro. Uma semana antes, Freixo deixou claro que gostaria de governar com Rodrigo Neves, tendo-o em seu palanque “no 1º ou no 2º turnos” e “caso vencesse, na hora de montar a equipe”. 

Neves não foi direto em sua resposta à provocação relembrada pela bancada do programa. “O Rio está no fundo do poço e o risco de cavar ainda mais e aumentar esse fundo do poço é uma risco real”, asseverou o ex-prefeito de Niterói. “Sobretudo quando a gente vê as últimas experiências que se abateram sobre o estado”, prosseguiu. “O Witzel (Wilson Witzel, governador afastado por impeachment, eleito em 2018) não tinha experiência administrativa e foi um desastre. O Cláudio Castro (atual governador, vice de Witzel) não tem experiência administrativa, é uma tragédia. O Crivella (Marcelo Crivella, ex-prefeito do Rio, que perdeu a reeleição para Eduardo Paes) não tinha experiência administrativa, foi uma tragédia”, exemplificou. A partir deste ponto, Rodrigo Neves teceu imensos eleogios ao prefeito Eduardo Paes (PSD), cujo apoio cabala, e ao ex-prefeito César Maia.

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“Essa escola de boa gestão do Eduardo Paes, que a gente constrói, que vem desde a época do César Maia, e também a experiência do PDT, do PT no leste fluminense, em Niterói, a experiência de boas administrações, essa convergência, é muito importante para construir a frente ampla para derrotar o bolsonarismo”, disse Neves. E seguiu: “Na medida em que a gente vai juntar as duas grandes experiências de administração pública no estado do Rio, a boa gestão do César e do Paes no Rio, e a boa gestão do trabalhismo em Niterói, esta é a aliança que pode reconstruir o Rio e, inclusive, vou colocar isso para o presidente Lula. Não tenha dúvida disso”.

Ataques de Ciro a Lula deixam Neves pouco à vontade

Ao ficar evidente, no conjunto da entrevista, que Rodrigo Neves se sentiria mais à vontade num palanque nacional com o ex-presidente Lula, do PT, do que com Ciro Gomes, do PDT, o jornalista Eumano Silva provocou o ex-prefeito de Niterói neste sentido. “Eu tenho uma boa relação com o ex-presidente Lula de muitos anos, o presidente Lula construiu uma agenda histórica para o Brasil, e isso é preciso que a gente reconheça”, reconheceu ele, para só então falar sobre o candidato a presidente pedetista. “O Ciro é muito preparado, tem posições conhecidas sobre contribuições que tem a dar ao País, mas, acho que o centro da campanha tem de ser o ataque ao bolsonarismo, a denúncia da situação dramática do Brasil”.

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Numa referência direta a Ciro Gomes, o pedetista que tenta o governo fluminense disse que atacar o ex-presidente “baixo da linha de cintura, com denúncias” não agrega nada ao debate político. “Debater a situação econômica do Brasil, sim. Abaixo da linha de cintura, não”, disse claramente. “Temos de manter as pontes de diálogo e de construção da unidade”. 

Nos últimos cinco minutos de programa Rodrigo Neves, ao responder a uma pergunta do jornalista Luís Costa Pinto, que relembrou a prisão irregular, sem provas, o “lawfare” de que foi vítima no âmbito de ações da “Operação Lava Jato” no Rio de Janeiro, à semelhança do assédio judicial com fins políticos que o ex-juiz (suspeito, parcial e investigado) Sérgio Moro fez contra o ex-presidente Lula, o ex-prefeito de Niterói fez uma defesa dura, digna e comovente de sua honra. “Nunca fui ouvido no processo”, disse. “Fiquei preso numa cela onde fazia 60 graus centígrados. Uma situação desumana”, revelou. “E não havia acusação, não sabia por que estava lá, não me ouviram, não houve denúncia. Era interferência indevida da Justiça no processo político. Fizeram a minha prisão justamente no dia em que Jair Bolsonaro era diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral em Brasília. Foi um processo claramente político”.
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