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Sanções contra Moscou podem acelerar abandono do dólar por China e Rússia

Afirmação foi feita pelo embaixador russo em Pequim no momento em que China e Rússia estreitam seus laços

Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping (Foto: REUTERS)
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PEQUIM, TASS – Possíveis penalidades do setor financeiro impostas pelos Estados Unidos e outros países ocidentais podem acelerar a transição da Rússia e da China para moedas nacionais em acordos comerciais, mas uma mudança completa não é esperada, disse o embaixador russo na China Andrey Denisov à TASS na terça-feira.

"Estamos mudando para moedas nacionais. Não vamos mudar completamente, mas talvez isso acelere um pouco [o processo]", disse o diplomata.

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"Existem os chamados sistemas de transmissão de informações financeiras. O desenvolvido na Rússia pode muito bem atender às nossas demandas pelo menos nas relações de pagamento e liquidação com organizações financeiras e bancárias chinesas", observou Denisov. Ele reconheceu que esta é "uma questão bastante complexa com vários elementos que requer um trabalho substancial de negociação", mas Moscou e Pequim estão dispostas a enfrentá-la.

"O mais importante é que quaisquer desenvolvimentos em vários casos de sanções não impeçam o desenvolvimento de nossas relações comerciais e econômicas", afirmou o diplomata. Ele também disse que não acredita que a comunidade internacional cortará a Rússia da SWIFT.

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O embaixador acrescentou ainda que o crescimento do comércio Rússia-China está relacionado não apenas ao crescimento dos preços da energia, mas também à ampliação da estrutura de commodities do comércio bilateral. "Em 2021, o crescimento [do comércio bilateral] foi de mais de 35% - é um crescimento bastante significativo. Isso aconteceu por uma série de fatores", disse o embaixador. Segundo ele, "o aumento dos preços no mercado mundial desempenha um papel importante, especialmente para aqueles bens que compõem a maior parte da composição de commodities do comércio entre os dois países". Como salientou, "estamos a falar, antes de mais, de recursos energéticos".

O diplomata afirmou ainda que a cooperação comercial e económica é a base para outras áreas de colaboração, pelo que os líderes das duas nações priorizam o seu desenvolvimento. "Temos motivos para ser otimistas: o volume de negócios atingiu um nível recorde em 2021, ficando abaixo de US$ 150 bilhões, parando em US$ 146 bilhões". "Este é um novo disco; nunca vimos nada assim", concluiu.

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De acordo com a Administração Geral de Alfândegas da China, o volume de comércio entre a Rússia e a China em 2021 aumentou 35,8% em relação ao ano anterior, para US$ 146,88 bilhões.

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