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      "Não vou sair”, diz dono de quiosque após prefeitura do Rio ceder local à família de Moïse

      “Não vou sair. Estive conversando com algumas pessoas, e a orientação que tive é deixar rolar”, afirmou

      Moise e quiosque Tropicália (Foto: Reprodução)
      Lais Gouveia avatar
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      247 - A Prefeitura do Rio de Janeiro oficializou na segunda-feira (7) a concessão do quiosque Tropicália para a família de Moïse Kabagambe, após o jovem ser brutalmente espancado e morto no local. O quiosque vizinho, o Biruta, também será cedido à família.

      No entanto, o dono do quiosque Biruta, o aposentado Celso Carnaval, de 81 anos, disse, em entrevista ao portal UOL, que não pretende ceder o espaço. Desde julho do ano passado, a concessionária Orla Rio, que administra 309 quiosques, move uma ação de reintegração de posse na Justiça, mas até agora não houve decisão no processo.

      “Não vou sair. Estive conversando com algumas pessoas, e a orientação que tive é deixar rolar. Estou naquele ponto desde 1978 e não vou abandoná-lo”, afirmou Carnaval.

      >>> Família de Moïse recebe concessão e passa a ser dona de quiosque onde congolês foi morto

      Em nota, a Orla Rio informou que “primeiro vai começar a estruturar o projeto no quiosque onde funcionava o Tropicália”. “A concessionária só dará início à segunda fase [no Biruta] junto à família de Moïse, quando tiver conseguido reaver a posse”, diz o comunicada. “Enquanto isso, a empresa aguarda o andamento do processo na Justiça.”

      O processo tramita na 1ª Vara Cível da Barra da Tijuca. Porém, Carnaval ainda não foi localizado oficialmente pela Justiça para tomar ciência da ação.

      A Orla Rio alega que há dívidas pendentes em aluguéis e encargos que ultrapassam os R$ 49 mil, falta de registro de funcionários, cessão irregular a terceiros e condições sanitárias precárias.

      Apesar de o contrato de cessão do quiosque ter sido assinado entre a Orla Rio e Celso Carnaval, quem vinha administrando o espaço nos últimos tempos era Viviane de Mattos Faria, irmã do cabo da Polícia Militar Alauir de Mattos Faria. Dois dos três agressores de Moïse —que trabalhavam no Biruta— apontaram os irmãos como responsáveis pelo estabelecimento.

      Carnaval disse que é amigo de Viviane e a colocou para trabalhar no quiosque para ajudá-la num momento em que ela enfrentava dificuldades financeiras. Ele disse que, apesar disso, continuava como dono do espaço.

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