Putin: hostilidades na Ucrânia mostram que são os nazistas que estão em guerra com a Rússia
“Grupos nacionalistas e neonazistas, mercenários estrangeiros, estão usando civis como escudo humano”, denuncia Vladimir Putin
247 - Em depoimento oficial com os membros do Conselho de Segurança da Rússia, nesta quinta-feira, 3, o presidente Vladimir Putin destacou que “as hostilidades na Ucrânia mostram que são os neonazistas que estão em guerra com a Rússia”. Putin já havia dito que os focos de combates dos militares russos no país eram principalmente contra os grupos nacionalistas de direita.
Comentando sobre as atividades militares russas, o presidente russo destacou que “os soldados e oficiais russos atuam valentemente como verdadeiros heróis durante a operação na Ucrânia”. “A operação militar ocorre dentro do prazo previsto, de acordo como o plano, e todas as tarefas estão sendo realizadas com êxito”, destacou.
Quando iniciou a ofensiva no país vizinho, no dia 24 de fevereiro, Putin afirmou que seu objetivo era “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia, que foi alvo de um golpe de Estado patrocinado pelos Estados Unidos em 2014 e ficou sob controle de milícias nazistas extremamente agressivas.
Os militares russos estabeleceram corredores seguros para civis ucranianos escaparem da zona de combate, mas as forças “neonazistas” locais e “mercenários” estrangeiros tentam impedi-los de sair, disse o presidente russo.
“Grupos nacionalistas e neonazistas, mercenários estrangeiros, incluindo os do Oriente Médio, estão usando civis como escudo humano”, afirmou Putin. “Como eu já disse, há dados absolutamente objetivos, fotos de como eles colocam equipamentos militares pesados em áreas residenciais das cidades”, denunciou.
Segundo Putin, as famílias de soldados russos que morreram no cumprimento do dever na Ucrânia devem receber indenização de mais de sete milhões de rublos. Aqueles que foram feridos são elegíveis para um montante fixo de três milhões de rublos, enquanto militares com deficiências permanentes receberão pensões vitalícias da Rússia.
O presidente russo também voltou a destacar que “russos e ucranianos são uma única nação, eu nunca vou desistir disso”. A origem do antigo Império Russo é a cidade de Kiev, atual capital da Ucrânia.
Mercenários
Nenhum dos mercenários ocidentais que chegam ao território ucraniano para lutar ao lado das forças de Kiev terá o direito de obter o status de prisioneiro de guerra, alertou o Ministério da Defesa russo nesta quinta-feira. Diante da vitória russa contra as milícias ucranianas de extrema direita, alguns países ocidentais aumentaram o envio de combatentes de empresas militares privadas para o combate.
Segundo a Defesa russa, a inteligência militar dos EUA lançou uma campanha de agitação em grande escala para recrutar mercenários com o objetivo de enviá-los para a Ucrânia. Esta iniciativa inclui membros das empresas militares privadas Academi (anteriormente conhecida como Blackwater), Cubic e DynCorp.
As autoridades russas apontam que esses mercenários estrangeiros presentes no território da Ucrânia estão envolvidos em atividades de sabotagem e assaltos a colunas de veículos militares e de abastecimento russos, bem como ataques a aeronaves que sustentam essas colunas.
Os mercenários usam as armas enviadas pelos países ocidentais para a Ucrânia, em particular os mísseis antitanque Javelin e NLAW fabricados pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha, respectivamente, bem como mísseis antiaéreos Stinger, segundo o Ministério da Defesa. O governo russo lembrou que as autoridades do Reino Unido, Dinamarca, Letônia, Polônia e Croácia autorizaram os seus cidadãos a participar nos combates no território da Ucrânia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, informou nesta quinta que os primeiros 16 mil voluntários estrangeiros se dirigem ao país para lutar contra as tropas russas que realizam a operação militar. Ele também garantiu que o país está recebendo mais armas fornecidas por países aliados
Com informações da RT.
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