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Parlamento russo aprova pedido de Putin de envio de militares à região de Donbass, na Ucrânia

"Ao concordar com o uso das Forças Armadas, partimos da premissa de que serão forças da paz", disse a porta-voz do Conselho da Federação da Rússia

Parlamento da Rússia (Foto: Sputnik / Aleksei Nikolsky)
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Sputnik - O Conselho da Federação da Rússia recebeu um apelo do presidente Vladimir Putin sobre o uso das Forças Armadas russas fora do país, informou em uma sessão plenária desta terça-feira (22) Valentina Matvienko, porta-voz do conselho.

Matvienko observou que a questão foi acrescentada à agenda da reunião da câmara no âmbito da parte 3 do artigo 51 do regulamento do Conselho da Federação. Segundo ela, a questão já foi discutida por várias entidades e o Conselho da Federação abordará a questão em sessão aberta.

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"Ao concordar com o uso das Forças Armadas, partimos da premissa de que serão forças da paz, enviadas para preservar a paz e estabilidade na terra das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", comentou ela.

Os senadores russos votaram unanimemente a favor de dar ao presidente do país a permissão para usar as Forças Armadas da Rússia no exterior.

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Na opinião do senador russo Andrei Klishas, os propostos prazo e território de presença do uso das Forças Armadas da Rússia fora do país serão definidos por Vladimir Putin, presidente da Rússia.

"A quantidade total de formações das Forças Armadas da FR [Federação da Rússia] e suas áreas de operação, as tarefas que temos pela frente, prazos de permanência fora dos limites da FR, está sendo definida pelo presidente da Rússia em conformidade com a Constituição da FR", disse o político.

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Klishas referiu que os acordos russos assinados com as repúblicas em Donbass criam uma base legal para acolherem a presença das Forças Armadas da Rússia.

"Os acordos garantem a defesa dos direitos dos cidadãos vivendo no território das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, criam uma base legal para a presença de formações militares russas nos referidos territórios, que é necessária para a manutenção da paz na região", explicou.

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"O presente decreto entrará em vigor assim que for adotado", detalhou ele.

Nikolai Pankov, vice-ministro da Defesa da Rússia, afirmou que já há cerca de 100.000 refugiados de Donbass, e qualificou a situação na região, com "tendência para o agravamento", de "altamente difícil".

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"Já há cerca de 100.000 pessoas, mulheres, crianças e idosos, incluindo 29.865 crianças, que deixaram suas casas", anunciou o alto responsável durante sessão do Conselho da Federação da Rússia.

Por isso, indicou o vice-ministro, "é necessário proteger os residentes desses jovens Estados, muitos dos quais, centenas de milhares, são cidadãos da FR".

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Pankov revelou que a proposta para o uso das Forças Armadas da Rússia fora do país, agora aceite por Putin, está relacionada com os acordos recém-assinados com as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

"Na verdade, Kiev já está realizando ações militares descaradamente e com impunidade. Os bombardeios de artilharia estão aumentando de dia para o dia. Eles estão sendo realizados em todas as direções, chegando a 2.000 projéteis por dia, dos quais 316 são armamentos pesados proibidos pelos acordos de Minsk", apontou ele, e constatou que "o número de vítimas inocentes está crescendo".

As tensões aumentaram em Donbass na última semana, com as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk relatando bombardeios por parte das Forças Armadas da Ucrânia, o que levou à evacuação temporária de civis para a região de Rostov, na Rússia. No sábado (19), as duas regiões solicitaram a Vladimir Putin, presidente da Rússia, que reconhecesse sua independência.

Na segunda-feira (21), após uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança russo, Putin anunciou o início do processo do reconhecimento da independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, dizendo que aqueles que escolheram o derramamento de sangue, violência e a anarquia não reconhecem nenhuma outra solução para Donbass exceto a via militar.

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