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América Latina

Pela segunda vez, Pedro Castillo escapa de impeachment

O projeto de destituição do presidente peruano contou com 55 votos, quando eram necessários 87

(Foto: Twitter/Congreso del Peru)
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Agência Regional de Notícias - O Congresso do Peru rejeitou na madrugada desta terça-feira (29) a destituição do presidente Pedro Castillo, acusado por parlamentares da oposição de envolvimento em casos de corrupção. A iniciativa teve 55 votos a favor e 54 contra, numa votação em que houve 19 abstenções. Assim, não obteve os 87 votos necessários para ser aprovada.

O projeto de resolução de vacância do cargo foi apresentado por vários partidos da oposição peruana que entendem que o presidente tem "incapacidade moral permanente" para ocupar o cargo de chefe do país sul-americano, acusado de estar envolvido em casos de corrupção. 

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O julgamento político avançou a partir da tarde de segunda-feira entre críticas, acusações de corrupção, tumultos e manifestações nas ruas. No início da sessão do Congresso, foi Castillo quem fez uso da palavra, que, com um breve discurso, disse que a moção de vacância "não contém um único elemento que a apoie validamente", pois se baseia apenas em " compilação de versões de notícias da imprensa. 

Enquanto isso, ressaltou que o pedido de destituição foi formulado "com base em fatos já discutidos" na moção anterior apresentada em dezembro - mas que não foi sequer tratada pelo Congresso -, portanto "não faz sentido" usar o mesmo argumento.

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Para o presidente, a moção se baseia em "reportagens jornalísticas tendenciosas" que serviram de insumo. "É o melhor exemplo de como o julgamento da mídia conseguiu admitir uma moção de vacância", disse ele. 

Após as palavras do presidente, foi a vez de seu advogado, José Félix Palomino, que teve que interromper sua defesa depois que uma deputada exibiu uma faixa de "vacância já" que despertou a indignação dos partidos no poder e a sessão foi suspensa.

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Já durante o debate, as acusações de um lado e de outro tornaram-se constantes, entre descrever Castillo como "um homem ressentido e complexado", enquanto no partido no poder qualificaram de "golpistas" aqueles que querem a vaga.

Após sua participação na sessão do Congresso e durante o debate, Castillo participou de uma reunião com a população do distrito de Puerto Bermúdez, onde fez um apelo para interromper o confronto e atacar a desigualdade e a pobreza.

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O Congresso do Peru decidiu em 14 de março admitir a moção de vacância por incapacidade moral contra Castillo. A iniciativa foi apresentada com 49 assinaturas e obteve os votos favoráveis ​​de 76 dos 118 parlamentares presentes, 41 contra e uma abstenção. 

Esta é a segunda moção de vacância promovida pela oposição. A primeira, apresentada em dezembro, não obteve os votos necessários para ser admitida para tramitação.

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A oposição acusa Castillo de estar envolvido em casos de corrupção e critica a nomeação de ministros. O partido no poder sustenta que a oposição ainda não aceita a vitória eleitoral de Castillo e, portanto, busca removê-lo.

Em meados de março, quando a moção de vacância foi admitida para tramitação no Congresso, Castillo assegurou que seu governo "foi alvo de acusações de meios de comunicação e setores políticos", que pretendem "construir um manto de trevas" sobre seu governo. "Eles querem fazer a população acreditar que estamos imersos em atos de corrupção, uma situação que eles rejeitaram veementemente. O tempo me dará razão", disse.

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