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Entrevistas

'Churrasco para gaúcho virou artigo de luxo', diz Edegar Pretto

Deputado estadual afirmou que o Rio Grande do Sul quer o retorno de Lula e não pode mais ser considerado bolsonarista

Edegar Pretto (Foto: Reprodução/Divulgação)
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Opera Mundi - No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta sexta-feira (01/04), o jornalista Breno Altman entrevistou o deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo Partido dos Trabalhadores Edegar Pretto, que anunciou recentemente a pré-candidatura ao governo do Estado pela legenda.

Ele revelou que, independentemente de alianças do PT a nível nacional, sua candidatura já está consolidada, pois a legenda enxerga a necessidade de uma renovação geracional do estado. “Olívio Dutra e Tarso Genro apresentaram meu nome, consultamos a filiação e decidimos por unanimidade que eu seria candidato. Minha marca é a união e o PT está unido em torno de minha candidatura”, enfatizou.

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Pretto, que ocupa o Parlamento gaúcho desde 2010 e foi presidente da Assembleia legislativa em 2017, destacou a importância de sua luta e candidatura para reverter o atual cenário do Rio Grande do Sul, se mostrando otimista com relação à sua eleição.

“Temos uma base sólida para o PT aqui, o Lula já aparece em primeiro lugar das pesquisas de voto. As pessoas entenderam que caíram no canto da sereia quando disseram que bastava tirar o PT para a vida melhorar. Em 2021 passamos o ano inteiro sendo o estado com os preços de alimentos mais altos, o churrasco virou um artigo de luxo para os gaúchos, sendo 41% da economia do estado é baseada na agropecuária. Os trabalhadores gaúchos querem a volta do PT”, reforçou.

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Para concretizar essa volta, o pré-candidato contou que a legenda já está realizando os diálogos necessários para formar uma frente na região e foi taxativo: “quero construir o maior palanque do país para Lula”.

Para além do PCdoB e do PV, que já formam parte dessa aliança, Pretto está dialogando com o PDT, ainda que formar uma frente já no primeiro turno seja mais difícil, devido à candidatura de Ciro Gomes ao Planalto, e com o PSOL.

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Por isso, ainda não foi definido quem ocupará o cargo de vice na chapa, “queremos avaliar se podemos trazer mais partidos para o nosso lado já no primeiro turno”. Quanto ao Senado, o deputado disse já ter convidado Manuela D’Ávila, do PCdoB, para concorrer ao cargo.

Eixo da esquerda gaúcha

Durante a entrevista, Pretto descreveu o eixo da esquerda gaúcha. Além de combate às privatizações, disse que a principal luta do campo progressista no estado é de apostar no setor produtivo. 

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“Durante a pandemia, pequenas e microempresas fecharam, o que impactou milhares de empregos. Não houve nenhuma ação do governador Eduardo Leite. A nossa bancada foi a que protagonizou uma proposta de crédito emergencial com juros zero por três anos e com fundo de aval garantidor. Temos que colocar a estrutura do nosso estado a serviço do setor produtivo para arrecadar mais e cuidar das pessoas. É inadmissível o Rio Grande do Sul conviver com a fome, o desemprego e os feminicídios”, agregou o pré-candidato.

Ele ressaltou que sua pré-campanha conta com paridade de gênero e busca ser inclusiva, com representantes da luta LGBTQI+ e antirracista na coordenação, “porque o que queremos é formar um governo baseado no diálogo com a população”.

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Extrapolando a política local, Pretto falou sobre a importância de repensar o papel que o Rio Grande do Sul tem para o Brasil. Lembrou que se trata do estado que mais produz soja, para ser exportada, mas pouco industrializado. 

“Temos que discutir a taxação das exportações de commodities com o novo presidente, que esperamos que seja Lula, porque fica muito pouco pro nosso estado. Usamos a mão de obra gaúcha para dar comida para os animais na China, enquanto o nosso povo passa fome”, refletiu.

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Nesse sentido, ele também defendeu a importância não só de uma reforma agrária, mas de viabilizar as famílias assentadas, sublinhando que o Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz orgânico, por agricultura familiar, da América Latina.

“Estou confiante de que poderemos fazer tudo isso, de que vamos vencer as eleições. O Rio Grande do Sul não pode mais ser considerado um estado bolsonarista. No máximo polarizado, como sempre foi, mas acho que desta vez Bolsonaro vai perder de lavada”, afirmou.

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