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Zelensky anuncia e celebra prisão do maior líder da oposição ucraniana

Medvedchuk lidera o segundo maior partido do parlamento nacional e já havia sido colocado em prisão domiciliar, no ano passado, como parte da repressão de Zelensky à dissidência

(Foto: Reprodução)
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RT, com 247 - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, expressou sua satisfação na terça-feira depois que o sucessor de Kiev para a KGB da era soviética prendeu o líder da oposição mais proeminente do país.

O presidente compartilhou uma foto de seu rival Viktor Medvedchuk, algemado, nas redes sociais, com a legenda: “Uma operação especial foi realizada pelo SBU. Bom trabalho! Detalhes para seguir."

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Medvedchuk lidera o segundo maior partido do parlamento nacional, a “Plataforma de Oposição - Pela Vida”. Ele já havia sido colocado em prisão domiciliar, no ano passado, como parte da repressão de Zelensky à dissidência, que recebeu aprovação tácita dos apoiadores ocidentais do regime.

Formada em 1991, para substituir a KGB, a SBU é a principal agência de inteligência e segurança da Ucrânia.

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Medvedchuk, que se opôs ao golpe de Maidan de 2014 e acredita que a virada ocidental do país é prejudicial aos interesses da Ucrânia, lidera seu partido desde 2018. Anteriormente, ele serviu como chefe de gabinete do ex-presidente Leonid Kuchma, no início dos anos 2000.

Alguns comentaristas ocidentais o rotularam como o "aliado mais próximo de Vladimir Putin na Ucrânia". No entanto, o presidente russo descreveu Medvechuk como um "nacionalista ucraniano".

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Em 2019, a Plataforma de Oposição - Pela Vida ganhou 13% dos votos em uma eleição parlamentar, tornando-se a maior facção da oposição do país. No ano passado, as pesquisas mostraram que o partido ultrapassou o Servo do Povo, de Zelensky, com o mais mais popular do Estado.

Isso pareceu provocar uma repressão por parte de Zelensky, que fechou os meios de comunicação associados a Medvedchuk. Logo depois, o político foi preso por acusações de "traição" politicamente motivadas.

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Medvedchuk rejeitou as acusações de ser "pró-russo", insistindo que seu partido representa milhões de ucranianos comuns. Em fevereiro de 2021, ele acusou Zelensky de tentar estabelecer uma ditadura na Ucrânia e reprimir a oposição legalmente eleita.

As autoridades de Kiev também acusaram o antecessor de Zelensky, Petro Poroshenko, de traição, em dezembro de 2021 – sob a mesma acusação de Medvedchuk: comprar carvão ilegalmente das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk e, assim, “financiar o terrorismo”. Poroshenko fez um grande negócio ao retornar publicamente à Ucrânia em janeiro, e um tribunal de Kiev se recusou a prendê-lo.

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Ao contrário de Medvedchuk, Poroshenko tem apoio substancial no Ocidente.

Os EUA e seus aliados tentaram justificar seu apoio à Ucrânia dizendo que Zelensky é um democrata que luta pela liberdade e apresentaram as ações da Rússia em relação a Kiev como motivadas pelo medo da democracia.

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Moscou enviou tropas para a Ucrânia em 24 de fevereiro, após um impasse de sete anos sobre o fracasso de Kiev em implementar os termos dos acordos de Minsk e encerrar o conflito com as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk. A Rússia acabou reconhecendo os dois como Estados independentes, momento em que pediram ajuda militar.

A Rússia exige que a Ucrânia se declare oficialmente um país neutro que nunca se juntará ao bloco militar da Otan liderado pelos EUA. Kiev insiste que a ofensiva russa foi completamente espontânea e negou as alegações de que planejava retomar as duas repúblicas do Donbass à força, mas documentos sigilosos achados pelos russos durante a operação militar comprovam o contrário.

Propaganda de guerra?

Apesar das declarações de Zelensky, o jornalista Gonzalo Lira, do Donbass Insider, colocou que a “recaptura” de Medvedchuk pode ser uma farsa. 

“Muitos disseram que ele havia sido levado para a Rússia e que estava esperando lá pelo fim do conflito. Hoje, o regime Zelensky afirma tê-lo ‘recapturado’. Besteira. O que estou ouvindo é que o Sr. Medvedchuk nunca escapou - bandidos do regime Zelensky o arrebataram de sua casa e o colocaram em uma masmorra da SBU como refém”, afirmou em canal no Telegram.

“O fato de que ele está sendo mostrado agora em público prova que o regime Zelensky quer alavancá-lo – talvez trocá-lo por quem os russos capturaram em Mariupol? Um certo general americano que conhecemos?”, colocou o jornalista.

Em Mariupol, os exércitos russos, chechenos e da República Popular de Donetsk avançaram mais e capturaram toda região do porto da cidade, uma das últimas regiões sob o controle dos nazistas do Batalhão Azov, integrados nas Forças Armadas da Ucrânia.

Segundo a Sputnik, Volodymyr Zelensky ofereceu a troca de Viktor Medvedchuk por ucranianos capturados durante a operação militar especial da Rússia.

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