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      Bolsonaro ainda é competitivo, alerta Breno Altman

      Jornalista afirma que é cedo para descartar as chances de Bolsonaro na corrida presidencial. Ele lista três fatores que explicam sua leve recuperação nas intenções de voto. Assista

      Leonardo Sobreira avatar
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      247 - O jornalista Breno Altman, em entrevista à TV 247, comentou a ligeira recuperação de Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial. Para ele, é cedo para descartar as chances de reeleição do chefe de governo.

      No mais recente levantamento Datafolha, o chefe de governo registrou um aumento de 5% nas intenções de voto em relação à pesquisa de dezembro, embora as bases não permitam uma comparação direta. Na mais recente, Lula mantém a liderança, com 43% das intenções de voto.

      Segundo o jornalista, os resultados mostram que Bolsonaro “continua competitivo”. “Não estamos numa situação em que as eleições de outubro já estejam resolvidas e seja apenas uma questão de ir retirando as folhinhas do calendário até chegar no pleito. Não é isso. Bolsonaro mantém uma capacidade competitiva importante, e essa recuperação dele nos últimos dois meses é reveladora disso. Não é uma recuperação pequena”, disse. 

      Ele apontou três fatores que “alimentam” a recuperação do chefe de governo. 

      “Primeiro, a falta de perspectiva da terceira via faz com que o voto conservador que se descolou do Bolsonaro e ficou procurando algum outro candidato de direita, esse voto retorna ao Bolsonaro quando vê, por exemplo, que o Moro não tem chances”, disse. “Isso explica o crescimento do Bolsonaro nas camadas médias. Bolsonaro cresceu de forma significativa entre quem ganha acima de 5 salários mínimos e, mais ainda, entre quem ganha acima de 10 salários mínimos”. 

      “O segundo fator é o efeito das políticas sociais que o governo controla, como o Auxílio Brasil, o vale-gás, a liberação do FGTS. O governo tem a caneta na mão, e isso afeta as camadas mais pobres da população e os setores mais despolitizados”, prosseguiu. 

      “Um terceiro fator é que o Bolsonaro, depois de sangrar muito na elite do país, na massa da burguesia, como empresários, pequenos, médios ou grandes, com quem Bolsonaro perdeu muita força durante a pandemia, mas agora recuperou força nesse setor. Ou seja, a massa da burguesia, diante da inexistência de uma candidatura viável da terceira via, vai se unificando ao redor do Bolsonaro”, completou. 

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