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      "Não queremos promover mudança de regime na Ucrânia", diz Lavrov

      Chanceler russo esclarece que Moscou não exige a rendição de Zelensky

      Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, acredita que "todos os problemas" que surgiram no leste da Ucrânia poderiam ter sido resolvidos anos atrás pelo então presidente ucraniano Piotr Poroshenko, que "começou a guerra", e mais tarde por seu sucessor Vladimir Zelensky, que defendeu a paz durante sua campanha eleitoral. 

      Em entrevista concedida à rede italiana Mediaset, Lavrov destacou que o atual presidente ucraniano ainda pode "trazer a paz" ao seu país. "Agora Zelensky também pode trazer a paz se ele parar de dar ordens criminosas aos seus batalhões neonazistas, obrigá-los a soltar todos os civis e cessar a resistência", resumiu.

      Moscou não exige a rendição de Zelensky, mas "dá ordens para libertar todos os civis e parar de resistir" aos militares russos, disse o ministro das Relações Exteriores.

      "Nosso objetivo não inclui a mudança de regime na Ucrânia. Esta é a especialidade dos Estados Unidos. Eles fazem isso em todo o mundo", disse Lavrov.

      "Queremos garantir a segurança da população do leste da Ucrânia para que não seja ameaçada pela militarização ou nazificação daquele país, e que não haja ameaças à segurança da Rússia a partir do território da Ucrânia", explicou.

      Na opinião do chefe da diplomacia russa, em vez de dedicar suas políticas à resolução do que era um conflito interno na Ucrânia e normalizar as relações com o Donbass, Zelensky "escolheu declarar publicamente e com arrogância que nunca cumprirá os Acordos de Minsk", que "supostamente levariam ao colapso do povo e do estado ucraniano".

      "Todos aqueles que redigiram e aprovaram os acordos de Minsk no Conselho de Segurança da ONU ficaram em silêncio. Disseram que se [Zelenski] não quiser, que ele não os cumpra, mas a Rússia sim", lamentou o ministro das Relações Exteriores, que acredita que são essas pessoas que "poderiam ter trazido a paz" para a Ucrânia na época.

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