Resgatar a Função Social da Economia: uma questão de dignidade humana
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Resgatar a Função Social da Economia: uma questão de dignidade humana

Este livro está centrado nos mecanismos centrais de exploração que se diversificaram e estão gerando a catástrofe da desigualdade e o drama ambiental que vivemos. A revolução digital está causando impactos tão profundos sobre a humanidade quanto em outra era causou a Revolução Industrial. O que chamamos de capitalismo tem as suas raízes na industrialização, que envolveu transformações nas técnicas e nas relações sociais de produção, com o trabalho assalariado e o lucro do capitalista, além de um marco jurídico centrado na propriedade privada dos meios de produção.
livro funcao social da economia
Autor
Ladislau Dowbor
Tamanho
178 páginas
Editora
Ano
2022
ISBN
978-65-87235-97-4
livro funcao social da economia
Autor
Ladislau Dowbor
Tamanho
178 páginas
Editora
Ano
2022
ISBN
978-65-87235-97-4

“Com foco especial no Brasil, este lúcido estudo oferece diretrizes concretas para escapar da tragédia da fome em meio à fartura, recursos subutilizados, mãos ociosas com tanto trabalho que deveria ser feito para beneficiar a sociedade como um todo, enquanto a economia global regride de criar capital para a produção para doar riqueza a poucos – tudo resultado de políticas que podem ser revertidas por um público informado e engajado. Uma contribuição muito valiosa nestes tempos conturbados.”  – Noam Chomsky

A revolução digital está causando impactos tão profundos sobre a humanidade quanto em outra era causou a Revolução Industrial. O que chamamos de capitalismo tem as suas raízes na industrialização, que envolveu transformações nas técnicas e nas relações sociais de produção, com o trabalho assalariado e o lucro do capitalista, além de um marco jurídico centrado na propriedade privada dos meios de produção.

Com a revolução digital — que envolve uma expansão radical das tecnologias, bem como a generalização da economia imaterial, a conectividade global, o dinheiro virtual e o trabalho precário —, a própria base da sociedade capitalista se desloca.

Em particular, a apropriação do produto social por minorias ricas, porém improdutivas, já não exige geração de emprego e produção de bens e serviços na mesma escala; ela passa pela intermediação do dinheiro, do conhecimento, das comunicações e das informações privadas. Onde a fábrica imperava, hoje temos as plataformas em escala planetária, que exploram não só as pessoas — através do endividamento, por exemplo — mas também as próprias empresas produtivas, por meio dos dividendos pagos a acionistas ausentes (absentee owners).

O presente estudo se concentra precisamente nas transformações ocorridas naquilo que chamamos de modo de produção capitalista. A atividade industrial permanece, sem dúvida, como permaneceu a atividade agrícola diante da Revolução Industrial; mas o eixo de dominação e controle já não está nas mãos dos capitães da indústria, e sim nas de gigantes financeiros como BlackRock, de plataformas de comunicação como Alphabet (Google), de ferramentas de manipulação como Meta (Facebook), de intermediários comerciais como Amazon.

O mecanismo de apropriação do excedente social mudou, e com isso mudou a própria natureza do sistema. Estamos no meio de uma transformação profunda da sociedade, nas suas dimensões econômica, social, política e cultural, gerando o que tem sido chamado de crise civilizatória. Transitamos para outro modo de produção, e o presente estudo sistematiza os novos mecanismos presentes nesse cenário. Na última parte, propomos caminhos.

 

23 respostas

  1. Estou iniciando estudo sobre a literatura atual sobre o capitalismo financeiro, principalmente o relacionado ao Brasil nas últimas 3 décadas, e estou me identificando com a facilidade que o professor Ladislau consegue implementar pra leitores leigos na matéria. Espero evoluir lendo seu pensamento, obrigado professor.

  2. Agradeço a disponibilização do título e outros livros por você, professor. Entender mais sobre economia tem me ajudado muito como profissional e cidadão. Tenho recomendado o seu trabalho cada vez mais para amigos e conhecidos. Parabéns pela iniciativa!

  3. Mestre L. Dowbor,
    Minha imensa gratidão por mais essa partilha. Ela será muito útil a quantos alimentem a santa indignação em face da abundância de pouquíssimos, circundada de multidões de miserabilizados. Que a Força Maior do Universo siga concedendo-lhe saúde e espargindo luz na escuridão das tramas da exploração.

  4. Tenho ouvido falar de sua produção intelectual e venho me interessando pelo o que ouso sobre o capitalismo financeiro. Não sei se é o lugar apropriado para fazer essa pergunta, que de qual roteiro de obras precisaria para começar a compreender essa abordagem? Agradeço muito a disponibilidade desse ensaio gratuito, irei me debruçar sobre ele.

  5. Sensacional essa atitude do professor Ladislau. Vida longa professor ! Obrigado por disponibilizar tantas informações. Tanta generosidade! A sensação é de não ter palavras para agradecer essa atitude de disponibilizar diversos livros .

  6. Olá professor!
    Sei que o ensaio ainda está em fase de pré publicação, no entanto, tenho uma dúvida.
    Sairá também fisicamente ou só digital?

    Se sair, há previsão?

  7. Seu livro “O Capitalismo Improdutivo” tornou- se referência para o meu entendimento de como as coisas funcionam.
    Gratidão.
    Vou aguardar a impressão deste novo pq só tenho o celular, fica impossível led.
    Anraço

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