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Brasil

Esquerda tem que se aproximar de artistas sertanejos, diz líder do MST

João Paulo Rodrigues, líder nacional do MST, diz que campanha de Lula terá forte componente emocional

João Paulo Rodrigues (MST) (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)
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247 - João Paulo Rodrigues, líder nacional do MST, ocupando papel de destaque na coordenação da pré-campanha de Lula diz que será necessário construir uma candidatura com forte componente emocional, apoio de artistas e uma estética própria. 

Nesse sentido, ele defende que a esquerda tente atrair parcela dos sertanejos.As declarações foram dadas em entrevista à Folha de S.Paulo. O líder do MST parte da constatação de que esta é uma maneira de enfrentar o bolsonarismo, que se consolidou como uma cultura forte, alicerçada no agronegócio, nos clubes de tiro e nos músicos sertanejos.

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João Paulo avalia positivamente a escolha de Geraldo Alckmin (PSB) como vice de Lula (PT). Segundo ele, a relação com o ex-governador é cordial e a atuação de Alckmin apresenta surpresas. "Ele sempre teve um discurso voltado para a questão fiscal. Era a grande preocupação dele. Se você for ver a fala que ele fez na indicação dele e do Lula em São Paulo para a candidatura, ele já coloca menos tinta na questão fiscal e já coloca na questão social. Acho que ele ajustou com muita rapidez o discurso dele".

"Alckmin teve um banho de povo em quatro meses que não teve como governador ou candidato. Esse banho fez ele mudar. Mas é cedo para dizer o que mudou no olhar dele sobre governo e gestão pública. Mudou a sensibilidade".

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O líder do MST diz que foi convidado a coordenar, junto com mais outras duas companheiras, a equipe nacional de mobilização da campanha de Lula. Ele diz que a estratégia de mobilização passa pela constituição de uma equipe nacional, que será formada por dois grandes espaços. "Primeiro, os partidos aliados. Cada partido indicará um dirigente. Uns com mais experiência, como o PCdoB, outros que ainda não sabem como fazer mobilizações", afirma.

O segundo passo dessa estratégia são os setoriais políticos, de acordo com João Paulo, referindo-se a mais ou menos 13 "que envolvem organizações da classe trabalhadora. Movimentos da cidade, juventude, LGBTQIA+, igualdade racial, evangélicos e inter-religiosos, entre outros" Faz parte da estratégia, segundo ele, a "articulação com as organizadas antifascistas".

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Sobre a relação com os artistas, João Paulo afirma: "Acho que vamos ter que envolver mais esse campo da arte, pensar em uma estética. Queremos fazer uma campanha que seja mais colorida, que tenha mais arte, para ter uma estética bonita. Não queremos uma campanha que seja só comício em carro de som. Vamos ter que enfrentar um inimigo que avançou na comunicação e avançou muito na cultura. O bolsonarismo é uma cultura forte. Uma cultura da arma, dos clubes de tiro. A cultura do sertanejo com Bolsonaro leva músicas".

Para se contrapor a isso, João Paulo defende que a campanha trabalhe o componente emocional, atraindo também uma parcela dos artistas sertanejos. 

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