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América Latina

Governo do Equador diz que aceita mediação de diálogo pela conferência episcopal

"Decidimos aceitar essa sugestão e solicitar a mediação da conferência episcopal, diz ministro do governo, Francisco Jiménez

(Foto: Conaie/Divulgação)
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ARN - O governo do Equador decidiu deixar para trás sua posição de retirar-se do diálogo e anunciou que aceitará a iniciativa da Conferência Episcopal do país para mediar entre o Executivo e as organizações indígenas que lideram as mobilizações da greve por tempo indeterminado que já dura 17 dias.

O anúncio foi feito em entrevista coletiva pelo ministro do Governo, Francisco Jiménez, que disse que o Executivo chefiado por Guillermo Lasso continua com os esforços "para alcançar a paz" e devolver "a tranquilidade ao povo equatoriano".

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"Decidimos aceitar o processo de mediação que a conferência episcopal equatoriana vai agora promover. Este processo começou a pedido das três organizações no conflito, Conaie (Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador), Fenocín (Confederação Nacional de Camponeses , Organizações Indígenas e Negras) e Feine (Conselho de Povos e Organizações Indígenas Evangélicas do Equador) que dirigiram uma comunicação à conferência episcopal", explicou.

Nesse sentido, Jiménez disse que acatou a sugestão e solicitou a mediação da Igreja Católica, que determinará "a metodologia, os atores, os representantes e as questões em questão", para que uma "solução definitiva" do conflito seja encontrada.

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"A vontade do governo nacional é primeiro garantir a paz dos equatorianos e, com base nesse critério, não deixaremos de realizar as ações que nos permitam alcançar, por meio da lei e do respeito à Constituição, aquela tão esperada paz e tranquilidade”, afirmou.

Após a morte de um soldado e 12 policiais ficaram feridos durante uma manifestação, Lasso havia anunciado na terça-feira (28)  que não participaria da mesa de diálogo que estava ocorrendo com as organizações indígenas. Nesse dia estava marcada a terceira reunião entre os grupos sociais e as autoridades para negociar o fim das mobilizações. Entre os 10 pontos da agenda proposta pela Conaie, destaca-se a redução dos preços dos combustíveis, uma vez que o disposto pelo governo foi avaliado como insuficiente.

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"O governo não pode sentar para conversar com aqueles que pretendem sequestrar a paz dos equatorianos", disse o presidente, e assegurou que "o país é testemunha" de "todos os esforços" feitos pelo governo para poder iniciar um "fecunda e sincera".

"Demos respostas concretas às demandas de nossos irmãos indígenas, mas não vamos nos sentar para dialogar com Leônidas Iza, que só defende seus interesses políticos e não os de suas bases", disse, referindo-se ao presidente da Conaie. Ele então assegurou a seus "irmãos indígenas" que eles merecem "mais do que um oportunista como líder que não apenas os enganou, mas um país inteiro".

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Apesar desses anúncios, o governo agora mudou de posição e garante que não vai impor nenhum tipo de condição à Igreja Católica para que o diálogo ocorra. 

Jiménez pediu às organizações sociais que, nesta nova etapa, "não ocorram mais surtos ou atos de violência" porque isso "poderia complicar o andamento desse processo de mediação".

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Situação crítica

As manifestações lideradas pela Conaie junto com outros 53 grupos se devem ao alto preço dos produtos de primeira necessidade, a precariedade dos hospitais públicos, os preços dos combustíveis, a ausência de créditos para fomentar a produção, a atenção ao setor agrícola e a privatização de empresas públicas, entre outros.

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De acordo com a Aliança para os Direitos Humanos do Equador, durante as manifestações houve 152 prisões, mais de 300 pessoas feridas, 76 violações de direitos humanos e seis mortes.

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