Por Júlia Putini, g1


Campanha reúne artistas e personalidades pedindo Amazônia Livre, Democracia Viva

Campanha reúne artistas e personalidades pedindo Amazônia Livre, Democracia Viva

Um "vídeo manifesto" com o tema “Amazônia Livre, Democracia Viva” (veja acima) foi divulgado para marcar o Dia da Amazônia, que é celebrado nesta segunda-feira (5). O material é um dos resultados da reunião de artistas, ativistas e lideranças indígenas realizada no fim de semana.

Entre sexta-feira (2) e o domingo (4), os artistas e ativistas participaram de um encontro organizado em uma parceria entre o Movimento 342 (grupo de artistas e ativistas), a Mídia Ninja e o Observatório do Clima.

"Foram três dias de atrações, sempre abrindo a noite com muita conversa e presenças indígenas e amazônicas. É importante lembrar da população urbana da Amazonia Legal, para além da população indígena", comenta Paula Lavigne, uma das organizadoras do evento e do manifesto.

Entre outras personalidades, participaram do evento Caetano Veloso, Felipe Cordeiro, Patrícia Bastos, Seu Jorge, DJ Éric Terena, Carolina Dieckmann, João Vicente, Paulinho Moska, Bro MCs, Fernanda Torres, Betty Faria, Dira Paes, Luísa Sonza, Pretinho da Serrinha, Karla Martins, Txai Suruí e Antônio Pitanga.

"Os movimentos querem chamar atenção da sociedade para a relevância da agenda socioambiental na reconstrução do país, mas ao mesmo tempo alertar para o risco que o regime democrático brasileiro corre neste momento. Nas eleições de 2022, as mais importantes do país desde a redemocratização, é preciso manter a sociedade mobilizada e vigilante para garantir o futuro da floresta e o da democracia – ambas fundamentais para a existência do Brasil", explica o grupo em nota.

Aristas se reuniram no Rio de Janeiro em defesa da floresta amazônica — Foto: Reprodução/342 Aplicativo

Definida por Paula como uma "vigília", a celebração teve o intuito de manter a pressão por mais fiscalização no bioma. A previsão é repetir nos próximos anos a mobilização, chamando a atenção para o Dia da Amazônia, que não costuma ser lembrado. Em paralelo, ocorre a "Virada Cultural Amazônia de Pé", que vai até o dia 10 e conta com mais de 600 atividades programadas pelo país

"Os assassinatos de indígenas não param, hoje mesmo teve o assassinato de uma menina de 14 anos. Isso não para e a gente não pode parar", disse.

Paula é idealizadora do aplicativo 342 Amazônia, que oferece materiais e informações sobre propostas de mudanças na lei que fragilizam os direitos indígenas e a proteção ao meio ambiente. A plataforma de mobilização é apresentada pelos idealizadores como o primeiro aplicativo de ativismo ambiental brasileiro.

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