CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasília

Moraes fará pronunciamento à nação antes das eleições

O objetivo é garantir que todos tenham assegurado o direito de votar em paz, a despeito da violência bolsonarista

Sessão plenária do TSE – 23/08/2022 (Foto: LR Moreira/Secom/TSE)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

BRASÍLIA (Reuters) - O caráter atípico das eleições deste ano, permeado por ocorrências de violência e até mesmo assassinatos de motivação política, não passa despercebido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e deve ser tema do tradicional pronunciamento do presidente da corte às vésperas do dia da votação, informou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após reunião com o presidente da corte, ministro Alexandre de Moraes.

Randolfe, que integra a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, esteve em reunião de representantes da coligação com Moraes, com um tema central: a segurança dos eleitores na próxima semana e no dia das eleições em si.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Nós trouxemos aqui duas preocupações em especial. A primeira delas, o eventual aumento da violência no curso do processo eleitoral. E, ao mesmo tempo, garantir a todos os cidadãos o sagrado direito de comparecerem em paz às urnas no próximo domingo, dia 2 de outubro, e com as condições de segurança necessárias para, durante a semana e no dia da eleição, exercerem o sagrado direito ao voto", disse Randolfe a jornalistas após a audiência com o ministro.

Apesar de reconhecer que esta não é uma "eleição como outra qualquer", o parlamentar se disse tranquilizado pelo presidente do TSE sobre as medidas em curso para a garantia da segurança do pleito.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"O ministro nos antecipou que deverá fazer pronunciamento à nação, como é de praxe, mas deverá fazer um pronunciamento à nação com as circunstâncias do momento que nós vivemos na véspera da eleição, no dia 2 de outubro, sobretudo mobilizando os brasileiros para que compareçam com a tranquilidade necessária às urnas", disse Randolfe.

O senador relatou ainda que Moraes disse ter medidas em curso já acertadas com as forças policiais militares dos Estados, as polícias civis e as Forças Armadas. Também sinalizou que acatará sugestão oferecida pela coligação em uma petição para que seja criado um canal de denúncias sobre eventuais atentados e casos de violência relacionados às eleições.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Tem um lado, sobretudo o lado que está no Palácio do Planalto, que propaga o ódio, que propaga o terror", completou Randolfe.

A conversa de representantes da coligação de Lula com Moraes ocorre na esteira de casos de violência e mortes de motivação política e um dia após um pesquisador do instituto Datafolha ser agredido.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Ciente do clima, Moraes já teve encontro com representantes das polícias militar e civil para a coordenação de medidas de segurança, assim como o TSE já aprovou, em plenário, autorização do uso de forças federais para garantir o livre exercício do voto, a normalidade da votação e da apuração dos resultados em 11 Estados no dia 2 de outubro.

Na quarta-feira o presidente do TSE recebeu representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), que cobraram urgência da corte na elaboração de ações para garantir a segurança dos servidores da justiça eleitoral no dia das eleições.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Uma das preocupações da federação diz respeito ao cumprimento da proibição ao porte de armas nas proximidades dos locais de votação. Uma das sugestões seria a adoção de detectores de metais, além de providências para o estabelecimento da lei seca dos Estados.

Nota publicada no site da federação informa que Moraes teria adiantado que haverá um reforço no efetivo de policiais nas zonas eleitorais e que pediria aos Tribunais Regionais Eleitorais a divulgação dos planos de segurança aos servidores da Justiça Eleitoral.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"Além disso, o ministro destacou que estrutura de segurança nas eleições deste ano é a maior de todos os tempos e que na maioria dos Estados o contingente total de policiais militares estará em serviço, sem folga", diz a Fenajufe.

No caso do porte de armas no dia da eleição, Moraes disse à federação que buscará restringir a circulação de pessoas armadas e os chamados CACs --caçadores, atiradores e colecionadores. Acrescentou que juízes poderão requisitar detectores de metais para locais de votação com maior risco.

Moraes também relatou ter discutido a lei seca com os chefes de polícia, ocasião em que foi informado que na maioria dos Estados haverá a restrição às bebidas alcoólicas.

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO