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Poder

Lula pode vencer no primeiro turno, mesmo que não ocorra "voto útil"

Ex-presidente está crescendo entre os indecisos, aponta professor da FGV

(Foto: Ricardo Stuckert)
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247 – O professor João Villaverde, da Fundação Getúlio Vargas, analisou os dados da pesquisa Ipec e concluiu que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode vencer no primeiro turno, mesmo que não ocorra o chamado "voto útil". Isso porque ele está crescendo entre os indecisos, e não entre os eleitores de outros candidatos. Caso ocorra o voto útil, a vitória no primeiro turno se tornará ainda mais sólida.

"A estratégia do voto útil ainda não aconteceu, indica a pesquisa Ipec, mas se ocorrer nos próximos dias será para confirmar uma tendência cada vez mais clara: a de que Lula pode ser eleito já em 1º turno. Há meses que o ex-presidente oscila entre 44-46% dos votos, algo muito próximo do limite dos chamados “votos válidos” (que exclui os votos em branco ou nulos). Agora, Lula subiu mais, chegando a 47% (ou 52% dos válidos). Essa subida de Lula não ocorreu sobre o eleitorado de outras candidaturas, mas sim sobre os pouquíssimos eleitores que ainda não tinham se engajado por alguma candidatura em 2022. Eram só 6%, na semana passada, os que ainda respondiam 'nulo ou branco' mesmo depois de ouvir o largo cardápio de nomes a disposição. Agora são apenas 5%. Pelo visto, Lula abocanhou quem ainda estava descrente", escreveu Villaverde, em análise publicada no Estado de S. Paulo.

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BRASÍLIA (Reuters) – A duas semanas do primeiro turno das eleições, nova pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira mostrou tendência de ampliação da liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a 52% dos votos válidos e poderia vencer a disputa no primeiro turno.

Segundo a sondagem, Lula apresentou oscilação positiva de 1 ponto percentual das intenções de voto em uma semana e foi de 46% a 47%, enquanto o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) se manteve estável com 31%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

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Quando levados em conta apenas os votos válidos, que descontam os brancos e nulos e que servem para decidir o resultado da eleição, Lula passou de 51% para 52%, enquanto Bolsonaro foi de 35% para 34%.

Realizado entre sábado e domingo, o novo levantamento foi a campo em meio à viagem de Bolsonaro para as cerimônias do funeral da rainha Elizabeth e em um momento em que a campanha do presidente aumenta a artilharia contra Lula na propaganda eleitoral.

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De outro lado, a campanha de Lula busca criar uma onda de voto útil na tentativa de liquidar a eleição no primeiro turno.

Segundo a pesquisa, em um eventual cenário de segundo turno, o ex-presidente venceria a disputa com uma vantagem de 19 pontos percentuais -- há uma semana, essa distância era de 17 pontos. A diferença passou para 54% a 35%, ante 53% a 36%.

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REJEIÇÃO E SEGUNDO PELOTÃO

Bolsonaro lidera no tópico rejeição, e mantém o percentual de 50% entrevistados que não votarão no presidente "de jeito nenhum" já verificado na última pesquisa. A rejeição a Lula variou para 33% -- na segunda passada, eram 35%.

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No chamado segundo pelotão, com pontuação bem distante dos dois líderes, o Ipec registrou Ciro Gomes (PDT) estável com os mesmos 7% de uma semana atrás, enquanto a senadora Simone Tebet (MDB) foi a 5%, ante 4% na rodada anterior. Os dois estão empatados dentro da margem de erro.

Os entrevistados que pretendem votar em branco ou nulo no primeiro turno correspondem a 5%, ante 6% da semana passada, enquanto indecisos ou aqueles que não responderam mantém-se em 4%.

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Segundo o Ipec, Lula segue com melhor desempenho entre as famílias com renda mensal de um salário mínimo, beneficiários de programa de distribuição de renda do governo federal e os com ensino fundamental. Também tem a preferência dos que se declaram pretos e pardos, católicos e entre os entrevistados que avaliam negativamente a gestão Bolsonaro, além do eleitorado nordestino. A pesquisa também apurou que o petista passa a se destacar entre eleitores que moram em municípios com até 50 mil habitantes.

O atual presidente continua melhor entre os eleitores do sexo masculino, no estrato evangélico e em domicílios em que ninguém recebe auxílio do governo federal. Aqueles com ensino superior, os que vivem na região Sul e os que têm avaliação positiva da gestão também estão entre os recortes em que Bolsonaro vai bem.

O Ipec também apurou a avaliação de governo. A administração é avaliada como ruim ou péssima por 47%, contra 45% na semana passada. A parcela dos que a avaliam como ótima manteve-se em 30%. Outros 22% avaliam o governo como regular -- na semana passada eram 23%.

Liderado por ex-integrantes do Ibope Inteligência, o Ipec entrevistou 3.008 pessoas entre os dias 17 e 18 de setembro em 181 municípios.

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