Como podes Viver a tua PRIMEIRA PESSOA Profissional?

Como podes Viver a tua PRIMEIRA PESSOA Profissional?

Como podes Viver a tua PRIMEIRA PESSOA Profissional?

889 500 Hugo Gonçalves

“A Quietude pode ser a escolha do Génio e do acesso ao céu, mas de certeza que o mundo frenético em que vivemos é o purgatório do Idiota”

adaptado de Ryan Holiday e Edward Gibbon

Como podes Viver a tua PRIMEIRA PESSOA PROFISSIONAL?

Estamos no mês de agosto, onde normalmente pára tudo ?.

Pois, isso era dantes. Eu diria que esta altura do ano funciona mais como uma Transição

Podes estar a ir de férias, podes estar a chegar das férias, podes estar a regenerar das mossas emocionais, relacionais e profissionais que este mundo líquido “proporcionou” nestes últimos 18 meses. Ou podes estar a aguentar-te o melhor que podes enquanto não chega esse tempo e espaço de recuperação.

Esta transição de que falo é mais tua, é mais local. Pois das transições globais nem as comento, de tão impactantes e esmagadoramente presentes que já estão.

Como todas as transições, que normalmente associamos a mudança, a ir de A para B, existe sempre um espaço e tempo. Por muito pequenos que sejam.

Existe sempre uma pequena porção de tempo entre a nossa inspiração e expiração. Entre um estímulo que recebemos e a reação que temos.

E nesse espaço, que muitas vezes parece que nem existe, temos a possibilidade de fazer duas coisas – OBSERVAR e ESCOLHER.

VIVER NA SEGUNDA PESSOA…

A palavra Proxy está normalmente associada aos sistemas de informação como sendo o sistema “intermediário” entre um utilizador e um servidor, IP, ou sistema de alojamento.

Mas na realidade a palavra tem um significado mais ligado às Interações Humanas!

Um proxy pode ser um representante, uma pessoa ou coisa que está a agir ou a ser usada no lugar de alguém ou outra coisa. Alguns exemplos do que pode ser um proxy

  • função de um adjunto;
  • autoridade/possibilidade/necessidade para agir por outro ou no interesse de outros;
  • foco indireto de uma situação e interação externo – exemplo a questão da desconfiança declarada das vacinas nos Estados Unidos é um proxy sobre os reais conflitos e polarizações daquele país no que diz respeito à liberdade, economia, guerras de poder e respeito pela diversidade em todas as suas dimensões.

Profissionalmente e nas organizações, não faltam situações onde podes funcionar como proxy:

  • Seres responsável pela comunicação e execução de algo que foi definido por outros e que achas que poderia ser feito de uma forma diferente;
  • Não teres a oportunidade de contribuir nas 3 etapas de desenvolvimento pessoal e organizacional, obviamente cada uma utilizando metodologias distintas – consciência, transformação e ação;
  • Fazeres depender a tua eficácia e produtividade de um sistema que não está desenhado para a organização, mas sim para um standard global ou KPI;
  • Viveres ao ritmo das urgências, do apagar fogos, do reagir;
  • Como líder ou gestor teres que “fornecer” objetivos, propósitos, desafios e motivação a outros que não conseguem ou querem colaborar ou contribuir para os mesmos.

Existem então algumas dimensões que são comuns nestes exemplos. O ser algo indireto, o ser algo que de alguma forma causa um desenraizamento e dissociação da realidade e da manifestação das nossas aspirações, recursos, talentos e ideias, como Líderes e Profissionais.

Ou seja, não expreessamos a nossa 1ª PESSOA Profissional!

Obviamente esta abordagem é também mais imediatista. Pois implica um olhar menos de frente para as verdadeiras causas raízes de alguns desafios e problemas organizacionais. E também deixar “escapar” algumas oportunidades e possibilidades de evolução. 

Então quando estamos a trabalhar em modo proxy, estamos a criar alguma distância relativamente a recursos fundamentais para o nosso trabalho, organização, produtos, serviços e por consequência, para entregarmos os melhores impactos aos clientes e utilizadores

Esses recursos são a riqueza que é Seres e Trabalhares na Primeira Pessoa, e tudo o que isso implica para que a tua Organização trabalhe e funcione também na sua Primeira Pessoa.

Hein? ?

Falar em Vivermos na Primeira Pessoa pode parecer mais ou menos claro. Mas como raios é que uma Organização existe e trabalha na sua Primeira Pessoa? ? Bem, aqui vai a minha melhor explicação sobre o tema:

A PRIMEIRA PESSOA PROFISSIONAL (NAS PESSOAS)

Considero que a Evolução e Desenvolvimento Pessoal estão intimamente ligadas a termos acesso e desenvolvermos o melhor puzzle das seguintes dimensões – TALENTOS (o que nos sai intuitivamente e fazemos muito bem sem esforço) + PAIXÃO (o que gostamos de fazer porque de alguma forma está ligado aos nossos valores e aspirações) + FORMA DE FUNCIONAR (como funcionamos a comunicar, a executar, a refletir).

Ao não conseguirmos ter a verdadeira noção e acesso a estes códigos internos, estamos mais sensíveis e expostos a trabalharmos em modo proxy. 

Porque eventualmente será mais complicado expressar este teu KIT PROFISSIONAL no teu trabalho. Com os teus clientes, nos teus objetivos e na interação com os teus colegas, chefias, equipas, clientes, parceiros, fornecedores – consoante da tua posição na cadeia alimentar hierárquica ? e as tuas funções e responsabilidades.

A PRIMEIRA PESSOA ORGANIZACIONAL

Saber Quem Somos como Organização, de que forma queremos criar Soluções e Impactos nas Pessoas e como o podemos materializar na Realidade, com as Pessoas, Recursos, Atividades e Interações que temos no seio da empresa, é para mim definição de uma Organização que Funciona na PRIMEIRA PESSOA

Porque o que a norteia – sempre levando em conta a realidade, a existência de algumas incoerências e que os dias não são todos iguais e perfeitos – é a capacidade de ser o palco para que Pessoas diferentes partilhem competências e recursos diferentes para um objetivo e propósito comum. 

Os dias podem fluídos ou desafiantes, os resultados espetaculares ou menos bons, mas estão associados a sensações de:

  • Coloquei aqui o melhor de mim;
  • Todos juntos fizemos aquilo que era possível e adequado;
  • Existiu espaço para todos participarem na criação, desenvolvimento e implementação das tarefas, atividades, projetos, ideias, processos;
  • Conseguimos navegar as nossas respostas não apenas através de hierarquias e processos, mas também através de conversas, competências e contextos.

Isto sim, é que é uma Organização a funcionar na PRIMEIRA PESSOA, porque o mesmo está a acontecer em cada um dos seus Indivíduos.

DIMENSÕES DA PRIMEIRA PESSOA PROFISSIONAL

Bem, como tenho a tendência a ver tudo com uma perspetiva de 720º ?, vai ser esta abordagem que vai nortear esta minha perspetiva da cena.

Existem dois pontos de partida – Quem Somos Agora e Qual a nossa Realidade! É algo realmente definidor no que à PRIMEIRA PESSOA Profissional diz respeito.

É o que chamo a Interface do Profissional, a manifestação de Quem Somos, do que Fazemos, de sabermos qual o nosso Radar de Influência – o que podemos fazer nós próprios, o que podemos influenciar e sensibilizar e o que só nos resta aceitar e a capacidade de navegarmos entre a Ação e o Wu-Wei ou a não ação deliberada.

Depois temos a parte mais interna, inconsciente e subtil, que é a “cave” onde estão guardadas as nossas maiores preciosidades, definidoras do que poderão ser os nossos critérios de sucesso, equilíbrio e aspirações profissionais e por consequência pessoais. É o que alimenta a nossa Auto Liderança Evolutiva 720.

Temos também, num local “diferente”, mas a acontecer de forma simultânea a nossa Interação e Materialização de tudo isto com as Pessoas e Mundo.

A eficácia e performance no trabalho, a curiosidade em saber, fazer, experimentar mais, da forma mais colaborativa e multidisciplinar possível. A forma como contribuis de forma individual e coletiva para criar os melhores produtos e serviços ou manter e fazer evoluir um sistema baseado em processos e boas práticas.

Então a minha proposta é que imagines a parte IN deste esquema como sendo o processo de Inspiração Profissional (em sentido literal e figurado). O que te inspira, o que aparece quando páras e respiras um pouco e sais de dentro da máquina de lavar. ?

Pensa na parte OUT como sendo a Expiração, a Manifestação, a Ação, a ligação entre o que fazes e porquê que o fazes, ligado com as manifestações dos colegas, chefias, equipas, colaboradores, no sentido de proporcionares através das tua Ações e Expressões individuais de talentos, recursos, formas de funcionares profissionalmente aquilo que as Pessoas e Sociedade necessitam.

Pensa na INTERFACE como sendo o Aqui e o Agora, o momento mais ou menos lúcido que existe para podermos OBSERVAR e RESPONDER, ou seja, criar a melhor ponte entre o teu IN e OUT. 

É aqui que estamos efetivamente Presentes, Ligados a Nós e ao Mundo e onde as coisas realmente ACONTECEM!

Essa pequena pausa entre INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO, entre IN e OUT e o que conseguimos fazer com ela é o que realmente define o Desenvolvimento e Inovação Integrativos das Pessoas e da Organização.

Acima de tudo, que tal aproveitares esta transição de agosto e esta transição Civilizacional para, como Líder, Gestor, Colaborador, refletires e imaginares como podes viver a tua PRIMEIRA PESSOA Profissional?

Depois que tal todos nós conversamos na boa sobre como é que isso pode levar a que as Organizações possam também “funcionar” e viver na PRIMEIRA PESSOA?

Obrigado, Abraço e Cuida-te,

Boas Férias, Bom Trabalho e Ótimas Transições! ?

https://knowmad-ventures.com/

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