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Entidade médica alerta falta de remédios contra a Covid-19 no Brasil

Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) critica a distribuição inadequada desses medicamentos no SUS, mesmo aprovados pela Anvisa

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 out 2022, 13h03 - Publicado em 5 out 2022, 13h02

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota nesta quarta-feira 5, com um alerta para a falta de acesso a medicamentos usados para tratar a Covid-19 no Brasil. De acordo com o documento, a entidade médica “expressa preocupação em relação aos processos de incorporação, indicação e distribuição pelo SUS de medicações já aprovadas pela ANVISA para o tratamento e prevenção da Covid-19, mas que até o momento não estão disponíveis para uso no setor público”

Segundo a SBI, cinco remédios aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da doença ainda enfrentam problemas para serem distribuídos no SUS (Sistema Único de Saúde). Um deles é o Paxlovid, antiviral produzido pela Pfizer e autorizado para uso emergencial em março. “Até o presente momento não houve distribuição da medicação para os estados da federação”, diz a entidade, reiterando a importância do fármaco para o tratamento de casos leves e moderados da Covid-19, que podem evoluir para doença grave em pacientes que apresentam maior risco.

O baracitinibe é outro medicamento citado pela SBI como faltante no país. Remédio indicado para pacientes graves com oxigenação suplementar, que impede a evolução do quadro e internação em UTI, foi aprovado pela Anvisa em setembro de 2021. Assim como o nirmatrelvir e ritonavir que associados também reduzem substancialmente o risco de hospitalização e óbitos em pacientes infectados pelo SARS-COV-2, mas na fase inicial da doença.

“É fundamental lembrar que apesar do número de hospitalizações e óbitos por Covid-19 ter reduzido importantemente por conta do avanço da vacinação, que, somente nesse último mês de setembro/2022, dados totalizados pelo CONASS apontam que 7.321 brasileiros perderam a vida com o diagnóstico da doença, sendo que muitos deles poderiam se beneficiar de medicações terapêuticas ou estratégias preventivas contra a infecção pelo SARS-COV-2 aprovadas pela Anvisa, e discutidas neste documento”, alerta a SBI.

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O molnupiravir, antiviral da MSD, também é citado no documento da Sociedade Brasileira de Infectologia. Embora seja comprovado sua eficácia para evitar o desenvolvimento de doença grave, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, não aprovou a inserção do tratamento no SUS. “É recomendável que a decisão de não incorporação de Molnupiravir pela CONITEC seja rediscutida”, diz a entidade, que faz o mesmo pedido para o remdesivir, eficaz para casos leves, moderados e graves, com oxigenação suplementar não invasiva, também não incorporado pela Conitec à rede pública de saúde.

Por fim, a SBI cita a associação dos anticorpos monoclonais tixagevimabe e cilgavimabe, também já aprovados pela Anvisa e com eficácia comprovada para evitar a Covid-19 sintomática em pacientes de maior risco. “A Sociedade Brasileira de Infectologia reitera ser favorável à incorporação de cilgavimabe + tixagevimabe no âmbito do SUS por entender ser intervenção fundamental na prevenção de infecção pelo Sars-CoV-2 em indivíduos com alto risco de progressão para Covid-19 grave e com menor eficácia vacinal”, finaliza a entidade médica.

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