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Kakay: “É uma eleição viciada, mas temos uma chance enorme de impedir a continuidade desse governo”

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay) criticou a decisão do TSE de suspender as inserções de direito de resposta da campanha de Lula

Kakay (Foto: Diego Bresani/Divulgação)
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247 - O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, participou do programa Giro da Onze, da TV 247. Ele criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de suspender 164 inserções de 30 segundos de direito de resposta da campanha de Lula (PT).

“Essa decisão muda muito esse final de campanha. Uma coisa muito grave”, afirmou o advogado.

A ministra Maria Cláudia Bucchianeri suspendeu direito de resposta na propaganda partidária de Jair Bolsonaro (PL) e decidiu que o plenário do TSE deve analisar o caso após a campanha de Bolsonaro entrar com recurso.

“Uma coisa é certa, nós não podemos perder esses direitos de resposta que já estão concedidos”, acrescentou.

Para Kakay, “não estamos conseguindo ter a agilidade que tínhamos em outras eleições”. “Num momento como esse o tribunal deveria estar em reunião permanente”, defendeu.

O advogado também comentou a decisão de Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que atendeu pedido da defesa de Jair Bolsonaro e determinou que a campanha de Lula remova de todas as redes sociais o vídeo sobre meninas venezuelanas. Em entrevista a um podcast, Bolsonaro afirmou que, quando visitava uma comunidade, já como presidente da República, encontrou meninas de "14 ou 15 anos", "bonitas", "arrumadinhas" e que "pintou um clima".

“É absolutamente contra o bom senso porque não há a imputação de que a conversa é forjada ou que houve uma edição. É um direito de Bolsonaro falar o que ele quiser falar e depois tem que se responsabilizar por isso. Aquela decisão, que ao que tudo indica deveria ter sido tomada pela ministra Cármen Lúcia, tem que imediatamente ser colocada no pleno”, defendeu.

Para ele, este é um final de campanha “muito tumultuado” e viciado e defendeu o fim da reeleição como solução para garantir um pleito livre da ingerência do poder econômico.

“Essa é a eleição mais cara do Brasil. Temos que terminar com a reeleição”, disse. “Estamos vivendo uma eleição muito apertada com uma desigualdade de verba impressionante. Uma eleição viciada. Em determinadas questões, o governo chegou a gastar R$ 76 bilhões. É claro que isso vicia qualquer eleição”, enfatizou.

Segundo ele, a reeleição para quem não tem limite, como Bolsonaro, e quem não tem critério abre caminho para desestruturar as conquistas civilizatórias que tivemos ao longo dos anos. “Isso não é por acaso, mas uma estratégia de governo. Foi uma estratégia de chegar ao governo e é uma estratégia para se manter no poder”, disse.

E completa: “Temos uma chance enorme de impedir a continuidade desse governo que se forem mais quatro anos vai desestruturar o Brasil de uma forma talvez irremediável”.

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