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Moraes via atuação política e falta de isenção em assessor exonerado do TSE

Alexandre Gomes Machado estaria atrapalhando o trabalho do TSE para responder às supostas denúncias de Bolsonaro sobre as inserções em rádios

Alexandre de Moraes e o prédio do TSE (Foto: Ascom/TSE)
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Reuters e 247 - O gabinete do ministro Alexandre de Moraes interpretava que Alexandre Gomes Machado, assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exonerado nesta quarta-feira (26), estava "tomando atitudes com falta de isenção e com aparência de atuação política em sua função, além de atrapalhar os trabalhos na corte", informa a Folha de S. Paulo.

A demissão de Machado ocorreu em meio à polêmica gerada pela suposta denúncia de Jair Bolsonaro (PL), sem provas consideradas cabíveis pelo TSE, de que inúmeras rádios do país não estariam veiculando adequadamente as inserções eleitorais do atual chefe do Executivo.

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Tal exoneração alimentou ainda mais o discurso bolsonarista. Entretanto, de acordo com a Folha, o gabinete de Moraes já pretendia demitir o assessor "por questões ligadas ao desempenho no trabalho e por causa da relação com colegas." Ele também estaria atrapalhando o trabalho do TSE para responder às denúncias de Bolsonaro sobre as inserções.

Machado, que estava lotado como assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência e trabalhava na área do TSE que trata das inserções, decidiu prestar depoimento na Policia Federal e disse que desde 2018 vinha apontando problemas nas veiculações da propaganda eleitoral, segundo documento obtido pela CNN Brasil.

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O assessor alega ter sido demitido 30 minutos após encaminhar um email da rádio 'JM On line', no qual a emissora teria dito que havia deixado de passar 100 inserções da campanha de Bolsonaro entre os dias 7 e 10 de outubro. A corte, por sua vez, informou que em virtude do período eleitoral a gestão do tribunal vem realizando alterações gradativas em sua equipe.

A acusação sobre as supostas irregularidades nas inserções de rádio acontece num momento tenso para a campanha de Bolsonaro, pressionada pela repercussão da prisão, após resistência com tiros de fuzil e granadas de efeito moral, do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente, no último domingo. Na ação, Jefferson feriu dois agentes da Polícia Federal.

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Desde o começo da campanha, o atual presidente vem atacando o TSE e afirmando, sem provas, que o sistema de votação eletrônico é passível de fraude. Nas últimas semanas, Bolsonaro e aliados também têm acusado o TSE de perseguir sua candidatura. O atual mandatário já disse que só reconhecerá os resultados se as eleições forem limpas e transparentes, sem detalhar o que isso significa, aumentando o temor de adversários e observadores internacionais que ele não acate uma eventual derrota.

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