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“A expectativa é Lula”, diz Reginaldo Nasser sobre a presença do presidente eleito na COP 27

“Não lembro de nada parecido. Alguém que nem assumiu já é convidado e é a estrela”, afirmou o professor

Luiz Inácio Lula da Silva e COP27 (Foto: Pedro Gontijo/Senado | Reuters/Mohamed Abd El Ghany)
Dayane Santos avatar
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247 - O professor e analista geopolítico Reginaldo Nasser destacou em entrevista ao programa Giro da One, da TV 247, que a expectativa gerada pela ida do candidato eleito Lula (PT) à 27ª sessão da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27) é inédita e histórica.

“Não lembro de nada parecido. Alguém que nem assumiu já é convidado e é a estrela. A expectativa é Lula”, destacou. 

Nasser enfatiza que “Lula aparece como uma grande esperança” no cenário internacional, mas advertiu que essa também é “uma grande responsabilidade”.

“O Biden também tinha uma grande esperança em torno dele [na eleição dos Estados Unidos]”, lembrou o professor sobre a disputa com o então presidente Donald Trump.

Sobre as eleições de meio mandato nos EUA, Reginaldo Nasser afirma que Joe Biden tentou ganhar um eleitorado de direita e do centro, “acabou não conseguindo”.

Ele aponta o envolvimento, o estímulo e a presença dos Estados Unidos na guerra da Ucrânia com um dos fatores de desgaste. 

“É uma coisa estranha o envolvimento que Biden teve e isso repercutiu na economia”, disse.

Nasser disse que o bolsonarismo adotou as mesmas táticas da extrema direita norte-americana e, assim como nos EUA, as ações representam uma ameaça à democracia.

“A extrema direita brasileira adotou o receituário da extrema direita norte-americana, então é uma ameaça sim. A invasão do Capitólio é algo inédito nos Estados Unidos. Se ultrapassou todas as linhas possíveis”, enfatizou.

O professor salientou, no entanto, que o trumpismo “tem apoio, inclusive dentro do partido Republicano”.

“Liz Chaney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney, ousou enfrentar Trump e se deu mal dentro do partido Republicano. Trump tem o domínio do partido e vai voltar com a pauta que tinham antes”, frisou o professor, se referindo ao fato de Liz Cheney exercer o cargo de segunda liderança do comitê criado pela Câmara dos Representantes para investigar a invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro. Membro do Partido Republicano, assumiu uma postura de oposição a Donald Trump. Liz Cheney recebeu várias ameaças de morte e saiu derrotada nas primárias republicanas em Wyoming, seu estado natal, para Harriet Hageman, aliada de Trump, o que impediu que ela disputasse novo mandato no Congresso, nas eleições legislativas. 

“A questão diferente aqui no Brasil é que lá, desde a eleição do Trump, a ênfase era na economia, coisa que a gente não ouve muito por aqui. Trump está sendo investigado, vem com a sua família, não só pelos atos como presidente, mas também enquanto empresário. Por enquanto não tem outra liderança que faça sombra a ele dentro do partido republicano”, destacou.

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