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Mídia

Globo ataca Mercadante e defende um Brasil sem indústrias

Na prática, o jornal dos Marinho propõe que o Brasil se mantenha subdesenvolvido e desindustrializado

Aloizio Mercadante (Foto: Ricardo Stuckert)
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247 – O jornal O Globo, que também apoiou o golpe de estado de 2016 contra a presidente Dilma Rousseff, publicou editorial nesta quinta-feira em que explicitou sua opção preferencial pelo subdesenvolvimento. No texto, além de atacar o economista Aloizio Mercadante, escolhido para presidir o BNDES, o jornal fez uma defesa velada da desindustrialização.

"Luiz Inácio Lula da Silva nem tomou posse, mas já dá sinais de que exigirá vigilância constante. A aprovação de mudanças na Lei das Estatais pela Câmara na terça-feira vai além do casuísmo. Revela o desprezo do novo governo por regras institucionais que contradigam a vontade de Lula. Nada muito diferente de Jair Bolsonaro", aponta o editorialista.

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"Não bastasse o impedimento legal, Mercadante é péssima escolha para presidir o BNDES. Isso ficou evidente no discurso em que Lula anunciou seu nome. Ele disse que, sob Mercadante, economista de ideias desenvolvimentistas, o Brasil voltará a se industrializar. Também afirmou que acabaria com as privatizações. A primeira afirmação é uma quimera, a segunda um retrocesso absurdo. A desindustrialização é uma tendência global. Mesmo nos poucos países que têm mantido constante a participação da indústria no PIB, o emprego no setor cai, em razão do avanço tecnológico. Sonhar com a recuperação da indústria brasileira com a ajuda do BNDES é certeza de jogar dinheiro fora, como tantas vezes já se fez", prossegue o editorialista.

Ontem, a CNI defendeu a escolha de Mercadante para o BNDES nos seguintes termos:

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Da Agência CNI de Notícias - Em seus 70 anos de história, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem tendo participação decisiva no processo de desenvolvimento econômico do Brasil. Com o governo que agora toma posse, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) espera que a instituição desempenhe papel decisivo no apoio à adoção de uma política industrial voltada à Indústria 4.0, à inovação no setor privado, ao aumento da integração internacional da economia brasileira e à transição para uma economia de baixo carbono.

Nesse sentido, a CNI confia na capacidade de Aloizio Mercadante, indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para presidir o BNDES, de coordenar os trabalhos do maior banco de fomento do país e direcionar os seus esforços para uma atuação focada no apoio ao fortalecimento do setor produtivo e na implementação de estratégias que contribuam para o crescimento sustentado da economia.

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“O Brasil precisa de uma política industrial moderna, alinhada às melhores práticas internacionais, com investimento em inovação, com ênfase em tecnologias socioambientais sustentáveis, eficiência energética, geração de energias renováveis e digitalização de processos governamentais”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

“Mercadante tem uma trajetória de interlocução franca e aberta com a indústria e conhece as forças e os desafios de quem produz e empreende no Brasil”.

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BNDES tem tido papel decisivo no desenvolvimento do país   

Ao longo dos anos, o BNDES teve papel importante por sua capacidade de estimular o desenvolvimento e de formular estratégias que contribuem para a modernização e aumento da eficiência da economia. Mais recentemente, vale destacar a aproximação do banco de fomento à agenda de modernização da indústria, pela Câmara I4.0. Esse diálogo ajudou a instituição a compreender as demandas do setor produtivo por crédito e subvenção, resultando na criação de linhas de financiamento para maquinário e serviços 4.0.

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Por outro lado, é preciso reforçar o seu papel dentro do sistema de financiamento à inovação, no qual o Estado deve ter um papel mais relevante na formulação de políticas e no apoio financeiro à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I). O BNDES deve ampliar sua a atuação, juntamente com agentes privados, no financiamento a pequenas e médias empresas.

Também é fundamental retomar a relevância do BNDES no apoio às exportações a um patamar compatível com as necessidades de financiamento do setor exportador do país. Entre 2009 e 2019, por exemplo, os desembolsos do BNDES-Exim caíram 91% e mesmo a recuperação do valor, em 2020, não altera o diagnóstico problemático.

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