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Demétrio Magnoli pede desculpas por ter apoiado o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff

No entanto, em seu mea culpa, ele afirma que o golpe foi um 'impeachment', e não um golpe

Demétrio Magnoli e Dilma Rousseff (Foto: Reprodução/GloboNews | Ederson Casartelli)
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247 – O colunista Demétrio Magnoli pediu desculpas, nesta terça-feira, em sua coluna na Folha de S. Paulo, por ter apoiado o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Sem que tenha cometido qualquer crime, a primeira mulher eleita para presidir o Brasil foi derrubada para que o golpista Michel Temer implantasse o choque neoliberal da 'ponte para o futuro', um projeto que visava transferir a renda do petróleo para os acionistas minoritários da Petrobrás e também retirar direitos dos trabalhadores brasileiros. Como era previsível, o golpe de 2016 trouxe de volta a fome e abriu as portas para a ascensão do fascismo e da extrema-direita no Brasil.

"Escrevi aqui, em março de 2016, uma coluna intitulada 'Impeachment, urgente!'. Era uma mudança da opinião contrária ao impedimento de Dilma Rousseff que expressei desde o início de 2015 —e, claramente, um erro de avaliação política", escreveu Magnoli. "Passei a encarar o impeachment como necessidade 'urgente' pelas reações de Rousseff e da direção petista ao processo judicial contra Lula", prosseguiu.

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"O impeachment trouxe consequências funestas. Numa ponta, fortaleceu os conspiradores da Lava Jato que, com o auxílio de um STF rendido, encarceraram Lula e destruíram tanto o PSDB quanto o governo Temer. Moro et caterva abriram as portas para a ascensão de Bolsonaro", acrescentou Magnoli.

Entretanto, seu mea culpa não foi completo, uma vez que ele ainda trata o golpe de estado de 2016 como um impeachment, e não como um golpe de estado, ainda que realizado sem tanques. "'Golpe do impeachment'? Não: isso é uma narrativa política esperta, destinada a reescrever a história do lulopetismo. O impeachment subordinou-se ao rito legal, supervisionado pelo STF —como, aliás, no caso de Collor. Presidentes sofrem impedimento quando perdem o apoio da esmagadora maioria dos cidadãos e uma sustentação mínima no Congresso. Só não funciona assim nas ditaduras —entre elas, algumas comandadas por 'companheiros' de esquerda. Legítimo e legal, o impedimento de Rousseff foi um erro político grave. Entendi isso no começo. Depois, fui tragado pelo turbilhão. Mea culpa", escreveu Magnoli.

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