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    Marcia Tiburi

    Professora de Filosofia, escritora, artista visual

    126 artigos

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    Aprendemos a resistir, agora é preciso reconstruir a partir de escombros

    "Que 2023 seja o ano da nossa alquimia política", deseja Marcia Tiburi

    (Foto: Ricardo Stuckert)

    Podemos retroagir a 2013, ano da abertura da ferida fascista, ou 2014, ano da apertada vitória de Dilma Rousseff sobre um oponente que não soube perder, traiu a democracia e teve a insignificância como destino. 

    Podemos ir a 2015 quando resistir era dizer não-vai-ter-golpe, ou 2016, ano da frente estatal-misógina-midiática a abrir alas ao fascismo, ano em que Bolsonaro não foi preso depois do discurso a favor de um torturador. 2017 foi o ano de ataques a artistas, 2018 o ano da consolidação da desinformação e das Fake News, ano do assassinato de Marielle Franco e das investigações interrompidas para que mandantes não sejam descobertos. 

    Em janeiro de 2019 armas foram liberadas com o objetivo de insuflar mais ódio na população e incentivar sua indústria e comércio. O Brasil da miséria escolar é desde então Brasil dos clubes de tiro. 

    Em 2020 e 2021 o genocídio dos povos indígenas e da população negra, pobre e periférica se confirmou na pandemia, instrumentalizada pelo governo para matar indesejáveis. O abandono e a morte das pessoas idosas fez parte disso. 

    Grande feito do governo fascista foi colocar o país da desigualdade social e econômica de volta ao mapa da fome. Acelerar o desmatamento e a destruição da floresta amazônica e outros biomas também foi projeto. A matança de mulheres também aumentou, mostrando que o feminicídio acompanha o fascismo. 

    O ano de 2022 foi de enfrentamento ao mal diabólico e ao mal banal. 

    Cada defensor da democracia esteve ameaçado e vários morreram, inclusive assassinados por psicopatas em pleno uso de suas razões ideológicas delirantes. 

    Em 2023 precisamos aprender a olhar para os escombros do projeto de destruição que foi longe em suas realizações, para que ele não se repita. O inventário da catástrofe é gigantesco. Diante disso tudo, nós resistimos! 

    Somos um povo para além das massas fascistizadas e contra o governo do ódio! 

    O amor é a energia que move a democracia. Que seu espírito nos faça avançar em 2023. 

    Um projeto de país se constrói com um governo democrático, e com a consciência política de cada um. 

    Que 2023 seja o ano da nossa alquimia política. 

    Que sejamos fortes para espalhar compaixão e consciência. 

    Que em 2023 o amor, a felicidade e a justiça sejam plenos para todos, todas e todes!

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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