Folha nega compromisso com a verdade histórica, trata golpe de 2016 como "impeachment" e diz que PT "envelheceu mal"
É consenso entre intelectuais e juristas que a ex-presidente foi afastada por um processo golpista
247 – Embora seja consenso entre intelectuais e juristas que a ex-presidente Dilma Rousseff foi afastada por um golpe de estado, ainda que revestido da aparência de legalidade, a Folha de S. Paulo nega o compromisso com a verdade histórica e trata o golpe de 2016 como "impeachment", em editorial publicado neste domingo.
"O manifesto [do PT] chama de golpe a deposição da presidente Dilma Rousseff, o que tampouco resiste ao confronto com a realidade. A denúncia foi aceita pela Câmara, com voto de 72% dos deputados, e o processo correu sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal no Senado, onde 75% decidiram pela cassação. Considerar ruptura constitucional esse ato juridicamente perfeito é trafegar na mesma frequência de quem contesta os resultados das urnas de 2022", escreve o editorialista, que insiste na fake news de que o golpe de 2016 foi um "impeachment".
Ao mesmo tempo, o editorial defende todas as políticas neoliberais que foram implantadas após o golpe de estado – e que trouxeram fome e miséria ao Brasil. "Em nome dessa quimera, o partido agora investe contra a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobras, a Lei das Estatais e a contenção do BNDES, iniciativas tomadas para evitar a repetição dos abusos que engendraram o descalabro recessivo de 2014-16", acrescenta.
Com este editorial, a Folha demonstra apenas que continua apoiando o golpe de estado de 2016 porque defende as políticas neoliberais que foram implantadas no ciclo Temer-Bolsonaro na chamada "ponte para o futuro", que, na realidade, foi um projeto de destruição e subdesenvolvimento nacional.
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