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      Haddad: joias de Michelle deveriam ser incorporadas ao patrimônio público

      "Todo presente desse valor necessariamente tem de ser incorporado ao patrimônio público", afirmou o ministro da Fazenda

      Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante coletiva de imprensa em Brasília 12/01/2023 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
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      247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) que as joias de Michelle Bolsonaro retidas pela Receita Federal deveriam ser incorporadas ao patrimônio público, uma vez que foram oferecidas como um presente oficial da Arábia Saudita. 

      Falando a jornalistas, Haddad avaliou que os valores das joias evidenciam que o caso é "atípico". "Evidentemente que tudo concorre para o fato de que, aquilo que é determinado pelo TCU, pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República, nada foi observado em relação às joias que constam desse dossiê estimadas em mais de R$ 16 milhões de valor. É uma coisa absolutamente fora, atípica. Ninguém ganha presente de R$ 16 milhões", disse. 

      Por isso, ele explicou que os auditores da Receita, "com propriedade, com muita razão", mantiveram as joias no cofre do órgão em São Paulo para que elas não fossem "apropriadas indevidamente por quem quer que seja".

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      "Porque das duas uma: todo presente desse valor necessariamente tem de ser incorporado ao patrimônio público, e se um cidadão comum receber um presente e quiser trazer ao Brasil, ele tem de declarar", acrescentou Haddad. 

      A Polícia Federal quer ouvir tanto a Receita Federal como o casal Bolsonaro nas investigações do caso. Eles creem ser preciso apurar junto ao órgão quais autoridades e funcionários do antigo governo solicitaram a liberação das joias, o nível de pressão que exerceram e a mando de quem atuaram.

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      Como revelou o jornal 'O Estado de S. Paulo', colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes enviados pelo regime da Arábia Saudita a Michelle e Jair Bolsonaro foram apreendidos pela Receita Federal em outubro do ano passado. 

      Os investigadores apontam ainda que o ex-ministro Bento Albuquerque, seu ex-auxiliar Marcos Soeiro, que trouxe as joias, e as demais autoridades envolvidas nas tentativas de reaver o conjunto de diamantes também devem ser ouvidas. (Com G1). 

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