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Economia

FUP vê com preocupação nomes indicados por Alexandre Silveira para conselho da Petrobrás

Nomes escolhidos pelo ministro de Minas e Energia incluem ex-assessores dos governos Bolsonaro e Temer

Petrobrás e Alexandre Silveira (Foto: ABr)
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Rede Brasil Atual - O ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, definiu nesta segunda-feira (27) os indicados da União para compor o Conselho de Administração da Petrobrás. Dos sete indicados pela União, quatro são ligados a Silveira, ex-senador e presidente do PSD de Minas Gerais.

Para presidir o conselho, ele escolheu o atual secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Adamo Sampaio Mendes. Outros nomes ligados ao ministro são Carlos Eduardo Turchetto Santos, Vitor Eduardo de Almeida Saback e Eugênio Tiago Chagas Cordeiro e Teixeira.

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O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, também foi designado para o conselho. Outro nome coube à ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que indicou Wagner Granja Victer. O ex-ministro de Ciência e Tecnologia Sergio Machado Rezende e a engenheira e professora Suzana Kahn Ribeiro também foram nomeados como membros independentes.

Após as indicações, os nomes passarão por avaliação de comitê interno da Petrobrás, que analisa currículos e eventuais vedações e conflitos. Posteriormente, serão submetidos à votação da Assembleia Geral Ordinária (AGO), que deverá ocorrer na segunda quinzena de abril.

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Pé atrás

A Federação Única dos Petroleiros (FUP), no entanto, afirma que o Ministério das Minas e Energia definiu os indicados para o conselho de forma “unilateral” e “sem discussão prévia”. E criticou os escolhidos por Silveira. “Nomes ligados ao bolsonarismo, ao mercado financeiro e a favor de privatizações”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar.

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Assim, se aprovados, os indicados pelo ministro podem ser “obstáculos” na intenção do governo de rever tanto a atual política de preços da empresa quanto a distribuição de dividendos. Do mesmo modo, poderiam fazer oposição ao fim das privatizações na companhia. Estas são bandeiras defendidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral, e que contam com o apoio dos petroleiros.

Os nomes

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Pietro Mendes, por exemplo, pode ser enquadrado na Lei das Estatais, que veda a indicação de pessoas que ocupem cargos “de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na administração pública”. Atual secretário do MME, ele também foi secretário-adjunto do ex-ministro bolsonarista Adolfo Sachsida.

Por outro lado, Eduardo Turchetto é empresário do setor de açúcar e álcool. Ele responde a processo em Minas Gerais, por desmatar áreas de Mata Atlântica “sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes ou contrariando normas legais de regulamentos pertinentes”, conforme descrito na própria ação.

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Vitor Sabak é diretor da Agência Nacional de Águas (ANA). Ele foi indicado para o cargo pelo senador bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN). Também foi assessor especial do então ministro da Economia Paulo Guedes e ajudou a articular a “reforma” da Previdência, que retirou direitos dos trabalhadores. Além disso, trabalhou no governo Temer como assessor de Relações Parlamentares.

Por fim, Eugênio Teixeira foi sócio do vice-governador de Minas Gerais e ex-senador Clésio Andrade. Também ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio foi flagrado no escândalo do “camarote das vacinas“, quando um grupo de empresários e políticos mineiros se vacinaram de maneira clandestina em março de 2021. Eles foram enganados por falsa enfermeira, que cobrava até R$ 3.700 para aplicar vacina falsa contra a covid-19, furando a fila de prioridade do SUS.

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