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Brasil se recusa a assinar declaração anti-Rússia da Cúpula da Democracia

Governo do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não concorda com o uso da cúpula para condenar as ações da Rússia

(Foto: JONATHAN ERNST/REUTERS)
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247 - O governo brasileiro se recusou a assinar a declaração final da Cúpula pela Democracia, na qual os países participantes condenam as ações da Rússia contra a Ucrânia, informou o jornal O Globo. O evento promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pelo terceiro ano seguido se encerra nesta quinta-feira (30). Excluiu, como de praxe em eventos do tipo organizados pelo governo dos EUA, as nações socialistas Venezuela, Nicarágua e Cuba.

Segundo o jornal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em uma carta enviada à Cúpula ser contra a instrumentalização política de debates sobre a democracia. 

"Atravessamos um momento de ameaça de uma nova guerra fria e da inevitabilidade de um conflito armado. Todos sabem os custos que a primeira guerra teve em gastos com armas em detrimento de investimentos sociais. A bandeira da defesa da democracia não pode ser utilizada para erguer muros nem criar divisões. Defender a democracia é lutar pela paz. O diálogo político é o melhor caminho para a construção de consensos”, diz a carta. 

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A declaração final da cúpula lamenta as consequências humanitárias da guerra, que qualifica como uma "agressão" da Rússia contra a Ucrânia. Cita "os ataques contínuos contra infra-estrutura crítica em toda a Ucrânia com consequências devastadoras para os civis" e expressa preocupação com as mortes de civis, aumento do número de refugiados e efeitos adversos "na segurança alimentar global, energia, segurança e proteção nuclear e o ambiente"

Num trecho destinado diretamente ao presidente russo, Vladimir Putin, a declaração diz apoiar "fortemente a responsabilização pelos crimes mais graves sob o direito internacional cometidos no território da Ucrânia através de investigações apropriadas, justas e independentes e processos penais em nível nacional ou internacional, e garantir justiça para todas as vítimas e prevenção de crimes futuros".

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Defesa da democracia

Em outro trecho da carta, o presidente Lula diz que "as instituições democráticas precisam ser capazes de resistir a atentados violentos, a campanhas de desinformação e a discursos de ódio, que frequentemente se valem das redes sociais. Estamos diante de um desafio civilizatório, da mesma forma que a superação das guerras, da crise climática, da fome e da desigualdade no planeta”.

Durante a Cúpula, Biden prometeu um fundo de US$ 690 milhões para promover a democracia no mundo, e afirmou que “a História mundial está diante de um ponto de inflexão, no qual as decisões que forem tomadas afetarão as décadas seguintes”.

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