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Entrevistas

"O Brasil não pertence ao bloco liderado pelos Estados Unidos", diz Breno Altman

Jornalista diz que EUA e Europa interpretaram mal as posições iniciais pró-Otan do Brasil, dado que o país voltou a alinhar-se com China e Rússia recentemente. Assista

Breno Altman e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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247 - O jornalista Breno Altman explicou a afirmação feita em seu Twitter de que os porta-vozes dos EUA e Europa “urrariam de dor e ódio” com a visita do chanceler russo Sergey Lavrov ao Brasil. De acordo com o analista, o bloco ocidental sentiria tamanha dor por perceber que eles não têm no Brasil uma peça em seu sistema de alianças.

“Há, evidentemente, tanto na Casa Branca como na sede dos principais governos europeus, um desconforto, um incômodo por Lula estar recebendo Sergey Lavrov. É uma sucessão de eventos que desmancharam - ou, pelo menos, colocaram sob forte instabilidade - a expectativa que determinados setores dos EUA e da Europa tinham em relação ao governo Lula. Eles extraíram uma conclusão do voto brasileiro na Assembleia Geral das Nações Unidas [sobre a responsabilidade da Rússia na Guerra da Ucrânia], do comportamento brasileiro na reunião do G20, de que o Brasil iria se aliar ao Ocidente contra a Rússia na questão ucraniana - ou que o Brasil manteria uma neutralidade ativa pró-Ocidente”, introduziu Altman em entrevista à TV 247.

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O jornalista mencionou que, após tais posicionamentos supostamente pró-Ocidente, a política externa brasileira passou por uma inflexão: “aparentemente [os EUA e Europa] foram pegos de surpresa por uma certa inflexão da política externa brasileira. O Brasil, por exemplo, no Conselho de Segurança da ONU, votou junto com a Rússia e com a China favoravelmente à implantação de uma comissão para investigar a explosão do Nord Stream 2. Depois, na viagem à China, o presidente Lula, de maneira muito clara, posicionou o conflito na Ucrânia como um conflito que, para se chegar a uma solução, tem que se compreender que a responsabilidade pelo que ocorre não é exclusivamente da Rússia”.

“E agora temos a visita do Lavrov, que eles [o Ocidente] consideram um pária. Então é por isso que eu digo que os porta-vozes dos EUA vão urrar de dor porque percebem que não têm no Brasil uma peça no seu sistema de alianças. Ou seja, o Brasil não pertence ao bloco liderado pelos EUA. E essa dor se estende à Europa”, concluiu.

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