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    “O principal problema do governo Lula não é o bolsonarismo”, diz Breno Altman

    Os setores liberais estão se reorganizando contra o governo, alerta o jornalista

    Breno Altman, Arthur Lira e Lula (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Marina Ramos/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert/PR)

    247 – O jornalista Breno Altman, editor do site Opera Mundi, concedeu uma entrevista à TV 247 na qual falou sobre o atual governo de Lula e a situação política e econômica do país. Em sua visão, o principal problema do governo não é o bolsonarismo, mas sim a reorganização dos setores liberais da burguesia contra o governo.

    Altman destacou que o relator do marco fiscal propôs vários gatilhos que tornam ainda mais difícil o gasto público, deixando o governo mais próximo do Teto de Gastos estabelecido pelo governo Temer. Ele espera que isso não seja consensual, e que as bancadas de esquerda do PT e do PSOL reajam a isso. Para o jornalista, isso é um ataque à democracia, pois o povo votou para mudar a política econômica, não só contra o governo Bolsonaro.

    Segundo Altman, o presidente Lula defende uma política que não é a política neoliberal, e não foi essa política que foi vitoriosa nas urnas. "Nas urnas, foi vitorioso um candidato de esquerda, que embora em uma coalizão ampla, tinha um determinado programa, com compromissos programáticos. Porém, a direita e os meios de comunicação monopolistas tentam impor ao país a agenda do Paulo Guedes", disse ele.

    Enfrentamento no Congresso – O jornalista alertou para o fato de que os setores liberais aliados ao bolsonarismo podem provocar derrotas duras para o presidente no Parlamento, o que pode fragilizar o governo. Para ele, o governo precisa estudar caminhos para encontrar uma solução e fazer o enfrentamento necessário.

    A entrevista de Breno Altman à TV 247 aponta para a necessidade de Lula enfrentar os setores liberais da burguesia e não ceder à agenda neoliberal. "É preciso fazer o enfrentamento necessário para garantir que o governo não seja fragilizado e para que o povo tenha a política econômica que deseja", afirma.

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