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    "Fica claro que o inimigo do governo Tarcísio é o pobre", diz Florestan Fernandes Jr.

    "Tarcísio está vestindo bem a camisa que pertenceu ao Bolsonaro. Ele é hoje o representante desse grupo nazista", afirmou o jornalista sobre o governador de SP

    Florestan Fernandes Jr. e Tarcísio de Freitas (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | GOVSP)

    247 - O jornalista Florestan Fernandes Júnior afirmou à TV 247 que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem tratado o pobre como inimigo de sua gestão. Ele repercutiu a chacina promovida pela Polícia Militar no Guarujá, que já vitimou quase duas dezenas de pessoas, sendo a maior matança policial desde o massacre do Carandiru. “Fica claro nesses primeiros meses do governo Tarcísio o que ele representa, e representa exatamente o discurso de extrema direita que veio com o Bolsonaro e sua milícia. A milícia composta por PMs que foram expulsos da corporação”. 

    “Tanto na área da educação quanto na área da segurança, está claro que o inimigo é o pobre, é aquele que mora na periferia, que não tem condições de se defender, que é tratado como ser inferior. É a cara desse grupo de extrema direita”, afirmou.

    Em relação à educação, Florestan se referia à decisão do governo de não participar do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que possibilita a aquisição de livros didáticos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação. Assim, a partir de 2024, a rede pública de ensino do estado de São Paulo passará a adotar somente conteúdo didático digital, excluindo o uso dos livros impressos a partir do 6º ano do ensino fundamental. “Você não tem futuro em um país onde a educação é jogada na lata do lixo, como fez o Bolsonaro e como o governador daqui de São Paulo está fazendo ao abolir os livros da educação das nossas crianças. Isso é uma aberração, inadmissível, tanto porque são livros distribuídos pelo Ministério da Educação. São Paulo está dizendo ‘não quero esses livros’. É muito grave isso”.

    “Acho que os professores da rede pública deveriam ir para a porta da Assembleia Legislativa denunciar o que está acontecendo, denunciar inclusive a falta de condições de trabalho. Ganham um salário pífio para educar as crianças e são perseguidos”, estimulou.

    Já sobre a chacina promovida pela PM, o jornalista afirmou que a operação “mostra mesmo esse perfil nazista desse grupo, que acha que pobre e negro tem que morrer, tem que ficar à margem. Essa questão da PM está cada vez mais deixando as mãos do governador ensanguentadas. Eu quero saber dos partidos políticos, do Kassab, por exemplo, se ele se sente à vontade em um governo que tem as mãos cheias de sangue. Quem se sente à vontade ao lado de uma pessoa que está com as mãos cheias de sangue dizendo ‘não, minha polícia é eficiente’?. Eficiente para quê? Para exterminar pobre? É isso? Para exterminar pobres e negros? Essa é a grande eficiência da polícia do governo de São Paulo? Repetir os piores momentos da história das PMs do Rio de Janeiro e da Bahia? O povo tem que ficar indignado”.

    “O Tarcísio está vestindo bem a camisa que pertenceu ao Jair Bolsonaro. Ele é hoje o representante desse grupo nazista”, concluiu.

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