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      Empresas brasileiras aumentam significativamente suas captações no exterior em 2023, superando o desempenho do ano anterior

      A percepção positiva dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil também impulsionou as captações

      Lula, Haddad, notas de dólares e plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | REUTERS/Sukree Sukplang)

      247 – Após um cenário considerado fraco em 2022, o mercado de dívida estrangeira mostra sinais de recuperação, com maior confiança internacional no Brasil. Mesmo não atingindo as expectativas iniciais, as companhias brasileiras que emitiram títulos no exterior foram bem recebidas pelos investidores, o que impulsionou o volume das operações e reduziu os custos de financiamento. Analistas acreditam que essa tendência de captações ganhará ainda mais força, especialmente a partir de setembro, segundo reportagem do jornal O Globo.

      Desde janeiro deste ano, seis empresas brasileiras, incluindo gigantes como Petrobras, Vale e Banco do Brasil, captaram um total de US$ 5,85 bilhões no exterior. Se considerarmos também a emissão feita pelo Tesouro Nacional em abril, o montante atinge US$ 8,10 bilhões. Em comparação, durante todo o ano de 2022, o volume levantado por empresas brasileiras em captações no exterior foi de US$ 5,545 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Apesar do crescimento significativo em 2023, os valores ainda devem ficar abaixo dos anos anteriores, quando as captações ultrapassaram US$ 20 bilhões entre 2019 e 2021.

      O mercado dos títulos americanos, conhecidos como Treasuries, enfrentou volatilidade e isso afetou as operações das empresas. O custo de captação dessas companhias é a soma da taxa dos Treasuries com o spread de crédito aplicado a elas. Com os juros americanos em alta, as emissões se tornam mais onerosas, o que leva as empresas a avaliarem cuidadosamente antes de buscar financiamento. No entanto, a expectativa de que os juros americanos atinjam um limite máximo e depois caiam, estimulou recentemente a realização de captações.

      A percepção positiva dos investidores estrangeiros em relação ao Brasil também impulsionou as captações bem-sucedidas. Melhorias no cenário econômico e político do país, juntamente com avanços no arcabouço fiscal, resultando em perspectivas mais favoráveis de rating pela S&P e Fitch, têm aumentado a confiança dos investidores estrangeiros nos ativos brasileiros. Isso tem levado a um aumento do interesse por títulos de empresas brasileiras e demonstra um cenário promissor para o mercado de captações, tanto internamente quanto internacionalmente, nos próximos meses.

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