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      Chacina da PM no Guarujá gera 81% de menções negativas ao governo Tarcísio nas redes sociais

      Chacina que resultou em 16 mortes na Baixada Santista gerou mais de 227 mil menções, sendo a maioria negativa, segundo pesquisa realizada pelo instituto Quaest

      Câmera em uniforme da PM e Tarcísio de Freitas (Foto: Agência Brasil)

      247 - A "Operação Escudo", deflagrada pela Polícia Militar do Estado de São Paulo no Guarujá, litoral da Baixada Santista, desde 28 de julho, gerou mais de 227 mil menções nas redes sociais, de acordo com um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Quaest até as 13h do dia 1 de agosto. Segundo a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisa apontou que 81% das citações foram desfavoráveis ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). A operação resultou na morte de pelo menos 16 pessoas durante as incursões e abordagens policiais, além de relatos de agressões e tortura por parte da população.

      A pesquisa Quaest apontou que a ação da PM se tornou objeto de uma guerra de narrativas na internet, amplificada pelos comentários e declarações de representantes políticos, como o governador paulista e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB). Ambos os posicionamentos incendiaram as redes sociais em 31 de julho.

      Tarcísio de Freitas defendeu a ação policial, negando qualquer excesso durante as operações que resultaram nas 16 mortes. "Não podemos permitir que a população seja usada, não podemos sucumbir às narrativas. Estamos combatendo o tráfico de drogas, o crime organizado. Nossa polícia é altamente profissional e usa a força de forma apropriada. Não houve hostilidade ou excessos, houve uma atuação profissional que levou a prisões e continuaremos com as operações", afirmou o governador. >>> Moradores do Guarujá denunciam execuções aleatórias na chacina cometida pela PM de Tarcísio em São Paulo

      Segundo a reportagem, "a declaração imediatamente ampliou o volume de menções relacionadas ao tema. Na comparação com o dia anterior, a alta foi de 731%. Mais autores únicos comentaram o caso, com um aumento de 367% e uma ampliação de alcance de 1,540%”.

      A pesquisa também destaca que “os autores contrários (à fala de Tarcísio) chamam a operação de chacina, compartilham denúncias de moradores de abusos cometidos pelos policiais e reforçam a pauta do uso de câmeras nos uniformes dos policiais - a retirada dessa medida, apesar dos comprovados benefícios, foi proposta de campanha de Tarcísio. Além disso, face este episódio, os autores contrários mencionam o caráter “real” de Tarcísio, que se mostraria como moderado e, na verdade, seria da extrema-direita bolsonarista”, destaca o levantamento. >>> Derrite repete Tarcísio e chama de 'narrativa' denúncias sobre excessos em chacina da PM que matou 16

      Enquanto isso, os apoiadores do governo paulista utilizaram as declarações do ministro Flávio Dino, que questionou a "proporcionalidade" das mortes, para reforçar a narrativa utilizada pela extrema direita de que a esquerda "defende bandidos". Jair Bolsonaro (PL), que tem nas forças policiais uma de suas bases eleitorais, também se manifestou sobre o tema nas plataformas de redes sociais, utilizando-o para insuflar os radicais contra a esquerda. >>> Chacina do Guarujá: Defensoria pede que PMs sejam afastados das ruas

      A onda de violência e mortes resultantes da ação policial levou a Defensoria Pública do Estado de São Paulo a expedir ofícios à Secretaria da Segurança Pública (SSP) e ao Ministério Público solicitando o fim da "Operação Escudo". Os documentos, assinados pelo Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH) da Defensoria, também recomendaram a adoção de câmeras corporais no uniforme de todos os policiais envolvidos na operação, bem como o afastamento temporário das funções de policiamento ostensivo dos agentes envolvidos em mortes.

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