“Modelo atual de governança da Eletrobrás é totalmente inadequado”, diz Alexandre Silveira

247 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez críticas severas ao atual modelo de governança da Eletrobrás. O ministro apontou a necessidade de revisão do sistema 'corporation', que limita o poder de voto de qualquer acionista a não mais do que 10%. As declarações foram dadas durante o fórum Esfera, realizado no Guarujá (SP). 

"Em qualquer empresa, ninguém com mais de 40% das ações aceitaria não ter poder de voto," declarou Silveira, questionando a estrutura atual que impede o Estado de exercer influência correspondente à sua participação acionária na Eletrobrás. "O povo brasileiro tem 43,64% das ações da Eletrobrás, e o que nós pleiteamos é recuperar os nossos direitos", enfatizou.

O ministro se referia à ação impetrada recentemente pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela Advocacia-Geral da União (AGU) no Supremo Tribunal Federal (STF). A ação tem como objetivo equiparar o capital estatal na Eletrobrás privatizada ao seu poder de voto.

Silveira também defendeu a gestão pública, indicando que há um preconceito injustificado em relação a ela. "É preciso acabar com o preconceito com a gestão pública", disse o ministro, que parece enxergar na ação do STF uma oportunidade para que o Estado exerça maior controle e supervisão na Eletrobrás, alinhando a empresa às necessidades do povo brasileiro.

"Eu estou extremamente otimista," concluiu o ministro, demonstrando confiança de que a ação no STF poderá trazer mudanças significativas na governança da Eletrobrás e reequilibrar a representatividade do capital estatal na empresa.