Após 27 assassinatos pela PM na operação Escudo, governo Tarcísio troca comandante da Rota
Segundo o secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, a troca é 'normal' e estava prevista
247 - O governo do estado de São Paulo realizou uma mudança no comando das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) na última segunda-feira, dia 28 de agosto. Foi subsituído o tenente-coronel Rogério Nery Machado, que ocupou o cargo nos últimos quatro meses, incluindo sua liderança durante a Operação Escudo, desencadeada após o assassinato do PM da Rota Patrick Bastos Reis, e que resultou em 27 mortes na Baixada Santista.
Em seu lugar, assumiu o tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi, que já fazia parte da Rota e foi promovido para essa posição. O tenente-coronel Nery Machado agora assumirá o comando do 4º Batalhão de Choque, que abrange o Comandos e Operações Especiais (COE) e o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, a mudança não teria relação com a chacina realizada pela PM com a operação Escudo, na região do Guarujá, e enfatizou que essa mudança é uma parte natural do planejamento da Secretaria de Segurança Pública. Derrite afirmou que Nery Machado estava ciente de que sua missão duraria exatamente quatro meses, até a promoção do tenente-coronel Takahashi.
Além dessa mudança, o comando do 13º Batalhão, responsável pelo policiamento na região da Cracolândia, no Centro da capital, também foi alterado. O tenente-coronel Armando Luiz Pagoto Filho deixou o cargo, mas até o momento da última atualização desta reportagem, o nome do seu substituto ainda não havia sido divulgado.
A Operação Escudo teve início após a morte do policial Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), da Polícia Militar, em 27 de julho. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) tem reiterado que as mortes ocorreram como resultado de confrontos entre as vítimas e agentes das forças policiais.
O clima de desconfiança quanto à conduta dos policiais militares chegou ao Ministério Público de São Paulo, que instaurou um inquérito civil na tutela dos direitos humanos, para verificar se há ilegalidade ou não na operação.
As dúvidas extrapolaram o estado e motivaram o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) a elaborar um relatório, a partir de denúncias que recebeu de violações de direitos que teriam sido cometidas. O teor do documento foi antecipado pela Agência Brasil e divulgado na última sexta-feira (1º), em evento na sede paulista da Defensoria Pública da União (DPU).(*Com informações do G1 e Agência Brasil)
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