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      "A gente percebia que muita gente não desejava sair do poder", diz Múcio sobre ex-comandante da Marinha

      Segundo delação de Mauro Cid, Bolsonaro buscou os comandantes das Forças Armadas em busca de apoio para um golpe. O então chefe da Marinha teria colocado suas tropas à disposição

      José Múcio Monteiro (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

      247 - Em declaração a jornalistas nesta sexta-feira (22), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que “percebia” a resistência do ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, diante da derrota de Jair Bolsonaro (PL) e da vitória do presidente Lula (PT) nas urnas. “Ele não me recebeu. Eu percebia. Os outros comandantes me receberam. Não sei se ele tinha aspirações golpistas, mas a gente via, os jornais falavam, era outro governo, outros comandantes, outro presidente da República. Na realidade, a gente percebia que muita gente não desejava sair do poder, largar o poder. Mas no dia 1º de janeiro as Forças Armadas garantiram a posse do presidente e nós estamos vivendo a nossa plenitude democrática. Evidentemente que nós precisamos esclarecer essas coisas para que, deixando de suspeitar de todo mundo, possamos punir os culpados”. >>> Mauro Cid entrega Bolsonaro e diz que ele consultou militares sobre golpe

      Em delação à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, contou que o ex-mandatário recebeu de seu então assessor Filipe Martins uma minuta de decreto golpista e levou o documento até comandantes das Forças Armadas em busca de apoio. Garnier teria colocado as tropas da Marinha à disposição, enquanto o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, teria ameaçado prender Bolsonaro, segundo o Valor Econômico. >>> 'Estávamos 100% do lado da lei, e ele não', diz Múcio sobre ex-comandante da Marinha citado por Mauro Cid em delação

      Múcio ainda disse aguardar dos investigadores os nomes dos militares envolvidos em tramas golpistas “para que nós possamos tomar as providências”. >>> "Se o senhor for em frente com isso, serei obrigado a prendê-lo", teria dito chefe do Exército a Bolsonaro

      Sobre a possível convocação de Garnier pela CPMI dos Atos Golpistas, Múcio negou que o eventual depoimento cause embaraço à Defesa ou à caserna. “Eles são soberanos. O presidente, a relatora, a CPI, o  Congresso pode convocar quem quiser. Acho que, se for para esclarecer, eles têm toda a autoridade e poder para fazer isso”. >>> Ex-comandante da Marinha apoiou plano golpista de Filipe Martins e Bolsonaro, conta Cid

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